Há tanto lixo espacial ao redor da Terra que qualquer colisão no espaço pode levar a uma reação em cadeia que destruiria satélites vitais, de acordo com um relatório do Pentágono apresentado ao Congresso dos Estados Unidos. Uma colisão entre dois satélites, por exemplo, poderia resultar em centenas de peças em movimento que poderiam atingir outros equipamentos. As informações são do Daily Mail.
Um evento desse tipo e com grande porte seria tão desastroso que poderia afetar sinais de TV, a meteorologia, o sistema de navegação global e conexões de telefone internacionais, entre muitos outros serviços – inclusive alguns de uso secreto. Estima-se que existam entre 3 mil satélites em órbita ao redor do planeta, mas o número de destroços desde o lançamento do Sputnik (há 53 anos) chegaria a dezenas de milhões – muitos resultantes de velhos foguetes, satélites abandonados e estilhaços de mísseis.
O relatório, que foi enviado ao Congresso americano em março, mas ainda não foi divulgado publicamente, afirma que a reação em cadeia poderia tornar algumas órbitas inutilizáveis. O documento afirma também que o espaço está “cada vez mais congestionado e disputado”.
Até a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) se viu obrigada a alterar sua rota para desviar do lixo espacial. No ano passado ocorreu um acidente relacionado ao assunto, quando uma sonda militar russa desativada atingiu um satélite americano de comunicações sobre a Sibéria, liberando cerca de 1,5 mil peças no espaço.
Outro exemplo ocorreu em 2007, quando um teste de um míssil chinês deixou 150 mil peças de lixo. Os eventos levaram os Estados Unidos a apoiar as Nações Unidas para que emitissem orientações para que companhias e governos parassem de encher a órbita de lixo. “O espaço precisa de policiamento e leis para proteger o interesse público”, disse Mazlan Othman, diretor da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos do Espaço Exterior.
Redação Terra