Ongs e pesquisadores comemoram a redução drástica no ritmo de desmatamento da Amazônia divulgada, mas não deixam de cobrar mais ações do governo, em especial uma meta de redução de emissões de gases estufa. Confira abaixo a opinião dos maiores especialistas da área:

“É preciso reconhecer os esforços do governos federal e estaduais que resultaram na redução da taxa de desmatamento, mas precisamos ampliar a sustentabilidade dessas ações e estender o combate ao desmatamento a outros biomas do Brasil. Isso é imprescindível para que o Brasil assuma compromissos claros com relação às emissões de carbono, para que o país assuma posição de liderança na nova economia verde”.
Cláudio Maretti, superintendente de conservação do WWF-Brasil.

“A opinião pública brasileira é sócia da queda no desmatamento. Quando o governo cumpre a lei, o desmatamento cai.”
Paulo Adário, coordenador da Campanha de Amazônia do Greenpeace

“Há duas causas: o reforço do controle e a crise econômica, que acabou reduzindo os financiamentos e mexeu com os preços de produtos agrícolas.”
Paulo Barreto, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)

“O importante é que isso dá confiança ao governo para assumir uma meta em Copenhague para emissões [de gases de efeito estufa]. O governo consegue controlar o desmatamento se isso for uma prioridade nacional.”
Philip Fearnside, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

“A consolidação de uma tendência de queda na taxa de desmatamento abre a maior oportunidade em um pais em desenvolvimento para fazer uma revolução em prol de uma economia mais sustentável. Isso demonstra que é possível estabelecer medidas de redução de emissões sem perder a possibilidade de crescimento econômico.”
Paulo Moutinho, Coordenador de Pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)

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