São Paulo, 19 de outubro de 2011 – Durante encontro realizado hoje pelo LIDE SUSTENTABILIDADE, Pedro Passos, copresidente do Conselho de Administração da Natura; Roberto Smeraldi, presidente da ONG Amigos da Terra Amazônia Brasileira; e Gilberto Leifert, presidente do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – CONAR, defenderam a necessidade de a Sustentabilidade estar inserida na estratégia das empresas.

Segundo Pedro Passos, o desafio das empresas do século 21 é compreender que tudo está interligado, que uma pequena parte faz parte de um todo bem maior. Segundo o empresário, até mesmo para uma empresa como a Natura, que traz a sustentabilidade no DNA da marca, graças à inspiração do seu fundador, Luiz SEABRA, em 1969, é difícil superar os trâmites burocráticos que amarram o avanço em determinadas áreas. “A sustentabilidade deixou de ser uma opção, uma filantropia, uma colaboração e passou a ser uma ação central dentro da sociedade. Se não buscarmos essa integração, não sobreviveremos”, conclui o empresário.

Ainda segundo o presidente da Natura, os desafios do planeta são as verdadeiras oportunidades de inovação para as empresas. “Há uma necessidade cada dia mais intensa de avanços tecnológicos na busca de superar tais desafios. A tecnologia será a solução do que hoje enxergamos como ameaça. É difícil organizar uma cadeia de produção para atender, de forma sustentável, cada parte do processo, mas vale a pena”. Para Passos, o valor intangível que a marca alcança no final, supera todas as dificuldades. “Hoje, nós da Natura, aprendemos e transformamos a biodiversidade brasileira em nossa plataforma de produtos, indo ao encontro do ‘ser estar bem’ que rege nossa missão”, enfatiza Passos.

Gilberto Leifert, presidente do CONAR, lembrou que a sociedade precisa avançar nas regras de autorregulamentação para que se reduza a distância entre discurso e prática. “A chamada maquiagem verde, utilizada por certas empresas, está no nosso radar de atenção, mas o papel do CONAR é julgar a publicidade”. Quando abordados sobre questões de propaganda voltada ao consumo infantil, principalmente em relação à alimentação, a entidade entende que a responsabilidade em adquirir o produto e colocar na mesa para o consumo das crianças é totalmente dos pais. “O que nos preocupa na questão da publicidade voltada à criança é, quando vimos noticiados nos veículos de comunicação, crianças assaltando lojas na Vila Mariana e isso não sensibiliza e nem mobiliza a sociedade. Isso sim, em minha opinião, merece uma atenção especial”, conclui Leifert.

LIXO ELETRÔNICO

Questionado sobre a questão do aumento do consumo de equipamentos eletrônicos como tablets, ipads, iphones etc, Roberto Smeraldi afirmou que é mais uma grande oportunidade de negócios para as empresas. “Este é o grande desafio da logística reversa, que depende do desenvolvimento das cadeias de suprimentos para esse tipo de equipamento”, finaliza o ambientalista.

ENERGIAS SUSTENTÁVEIS

Segundo Pedro Passos, a Constituição brasileira impossibilita investimentos nesse setor e é necessário desonerar investimentos na área para que o Brasil possa atuar também nesse setor. “Em alguns países você pode produzir energia para uso próprio e disponibilizar na rede o excedente, para venda. Aqui no Brasil, de acordo com a legislação atual, é impossível”, reforça o empresário.

 

Sobre o LIDE Sustentabilidade: O LIDE Sustentabilidade, criado em abril de 2009, é o braço ambiental do LIDE, cujo objetivo é promover o entendimento da importância da preservação do meio ambiente à sociedade brasileira. Através da pró-atividade de um Comitê Executivo de empresários, o LIDE Sustentabilidade, presidido pelo empresário Roberto Klabin, reconhecido pelas importantes ações desenvolvidas na condução dos projetos da Fundação SOS Mata Atlântica, considerada uma das mais respeitadas entidades em meio ambiente no Brasil, debate temas relevantes por meio de exemplos práticos adequados à realidade em que vivemos.

Sobre o LIDE – Fundado em junho de 2003, o LIDE – Grupo de Líderes Empresariais possui oito anos de atuação, registrando crescimento de 700%. Atualmente são 826 empresas associadas (com os braços regionais), que representam 46% do PIB privado nacional. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

 

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