Será na Passarela do Samba Dráusio da Cruz – a Marquês de Sapucaí santista – o desfile das 15 escolas de samba da Cidade. Marcadas para sábado (13/2), domingo (14/2) e segunda-feira (15/2), as apresentações ocorrem longe das praias, no bairro Areia Branca (Zona Noroeste), em estrutura armada entre as avenidas Afonso Schmidt e Nossa Senhora de Fátima, a partir das 21h30.

Haverá espaço para cerca de 12 mil foliões em cada dia de festa. A arquibancada conta com 11.056 lugares. Existem também camarotes para 1.200 pessoas, área vip, estacionamento para 200 veículos, lanchonete, enfermaria, bilheteria, além de locais reservados ao trabalho da Polícia Militar e Guarda Municipal, assim como 112 sanitários – número 20% superior ao ano passado. A estrutura está adaptada para deficientes físicos.

No sábado (13/2), desfilarão as escolas do Grupo II: Camisa Alvinegra, Mocidade Dependente do Samba, Vila Mathias, Metropolitana e Zona Noroeste. No domingo (14/2), terá início o desfile do grupo Especial com a Real Mocidade Santista, seguida da Bandeirantes do Saboó, Amazonense, Brasil e União Imperial. Já o último dia, segunda-feira (15/2) será da Vila Nova, Unidos dos Morros, X-9, Sangue Jovem e Padre Paulo.

A Polícia Militar não permitirá a entrada do público com animais de estimação; corrente e capacete de moto; guarda-chuva ou guarda-sol com pontas de metal; qualquer tipo de cadeira (de praia, banquinhos); materiais pontiagudos ou cortantes (presilhas de cabelo, canivetes); isopor; fogos de artifício e de estampido; garrafas e latas de qualquer natureza (espuma, cerveja).

Os ingressos estão a venda a partir de segunda-feira (8/2), no Teatro Municipal Brás Cubas, na Av. Pinheiro machado 48 – Vila Mathias, das 9 às 12 e das 14 às 19 horas.

Valor: R$ 10,00. Meia entrada para quem levar um quilo de alimento não perecível, com exceção de sal e açúcar. Professores, estudantes, aposentados e idosos pagam R$ 5,00, sem necessidade de doação de alimento.

Exibições de sábado (13/2) – Grupo II

1- Camisa Alvinegra – Muita cor, alegria e personagens do universo infantil ilustrarão o desfile da Camisa Alvinegra, que desenvolve o tema ‘É Muito Bom Ser Criança’. Com quatro carros alegóricos, a agremiação vai explorar o universo infantil e sua variada gama de possibilidades, como o Dia das Crianças, as cores do arco-íris, guloseimas, Dia de Cosme e Damião.

Fundada em 2003, a escola de São Vicente contará com artistas circenses que vão transformar a apresentação num verdadeiro picadeiro. Exibindo o branco e preto e simbolizada por uma camisa, a Alvinegra terá 600 componentes, divididos em 11 alas. O ritmo será ditado pelos 65 instrumentistas da bateria.

2- Mocidade Dependente do Samba – Representada por uma pantera e a estrela-guia desde 2008, ano de seu surgimento, a Mocidade Dependente do Samba contará com 600 participantes, distribuídos em 15 alas. As cores preta, amarela, azul e branca estarão nas fantasias e nos três carros alegóricos.
Formada por 100 ritmistas, pelo segundo ano seguido a bateria tem Rita Cadilac como madrinha. O samba-enredo “De Janeiro a Janeiro, em Fevereiro a Mocidade vem mostrar que é festa o ano inteiro” fala sobre as principais datas comemorativas do ano.
A agremiação usou a criatividade para aproveitar bem a verba. Possui uma escultura formada por cerca de 500 garrafas pet. As pedrarias do último desfile foram reutilizadas, bem como os arames das costeiras da bateria, agora distribuídas em duas alas.

3- Vila Mathias- Uma história de amor que acontece na África e no Brasil. Esse é o mote de “A Vila Mathias canta e encanta com Oju-Omim !”, tema da escola batizada com o nome de seu bairro. A narrativa mostra a saga de Oju Omim, que se torna um pássaro vermelho para salvar seu namorado, Óre-Lokum.
A trama fictícia é o instrumento que pode levar a agremiação, simbolizada por uma coroa, ao Grupo I do Carnaval santista, objetivo primordial dos 100 ritmistas e 600 componentes, divididos em dez alas enriquecidas por três carros alegóricos. Nascida em 2008, com o pavilhão em amarelo, azul e branco, a vencedora das escolas pleiteantes de 2009 garante que vai se exibir na passarela mais elaborada que no Carnaval passado.

4- Metropolitana – “João Candido – O Dragão do Mar”, enredo explorado pela Escola de Samba Metropolitana, visa homenagear o líder da Revolta da Chibata, movimento ocorrido em 1910, contra os castigos corporais na Marinha de Guerra Brasileira. A comissão de frente da escola do bairro de Santa Maria será representada por um dragão e seres aquáticos. Já as alas prometem muitas surpresas, com decorações e adereços especiais.
Criada em 27 de junho de 1997, a agremiação tem como símbolo uma coroa e um livro aberto, e as cores branco e vermelho. Desfila com 750 componentes, três carros alegóricos e 11 alas. A bateria reúne 60 ritmistas.
As fantasias foram todas doadas à comunidade, em sua maioria da Caneleira/Jabaquara, região onde fica localizada a escola. O objetivo da agremiação é não repetir os mesmos erros do último Carnaval, quando grande parte das fantasias foi roubada.

5- Zona Noroeste – A escola que representa a maior região de Santos, a Unidos da Zona Noroeste, desfila com o tema “Com apreço um abraço, Academia e Amazonense, nesta história existe um laço”.
Fundada em 1980, a agremiação prestará homenagem a sua madrinha, a Amazonense de Guarujá, ressaltando a história e os carnavais marcantes da matriz, os carros alegóricos mais famosos, as fantasias inesquecíveis. Esse tributo também contará com a presença de alguns componentes da homenageada.
Com o símbolo do galo em cima do surdo, a Zona Noroeste exibirá mil componentes, 12 alas, quatro carros alegóricos e 120 ritmistas, para defenderem o pavilhão nas cores verde, vermelho e branco.

Exibições de domingo (14/2)

6- Real Mocidade Santista – Reconhecimento. É isso que a escola busca com o enredo a Real Mocidade Santista 25 anos, nas Garras da Paixão, no ano do Jubileu de Prata (1985-2010): provar que sua trajetória já pode colocá-la entre as agremiações mais tradicionais de Santos.
Seus 1.100 integrantes prometem fazer um desfile diferente. As 17 alas e os quatro carros alegóricos contam vários tipos de paixões, entre elas o futebol, churrasco, cerveja e o amor à própria escola. A agremiação também homenageia suas personagens e os antigos carnavais santistas.
A bateria, com 120 ritmistas, promete honrar o pavilhão azul, verde e branco da escola e seu leão coroado.

7- Bandeirante do Saboó – Com o tema “Muito prazer, eu sou o Saboó”, a escola, que tem como símbolo um bandeirante, entra com mil componentes distribuídos em 10 alas e 100 ritmistas na bateria. Defendendo as sua cores – vermelho, preto e branco – prestará tributo ao ex-presidente da agremiação, José Cláudio Delgado (falecido em 2009).
Pelas mãos dos trabalhadores da escola, garrafas pet se transformaram em flores, serragens receberam tinta para imitar grama ou pêlos de animais, isopores de câmaras frigoríficas deram forma a sete esculturas, entre elas uma porta-bandeira de 3,80m de altura. Os tecidos e as plumas das fantasias do ano passado sobreviveram para decorar os quatro carros alegóricos deste ano. Revistas viraram colares de baianas. E até mesmo guarda-roupas, jogados no lixo pelos moradores do bairro, transmutaram-se em copas de árvores e caixões.
Esses caixões compõem uma representação do Cemitério da Filosofia, já que a escola, surgida em 1996, narra a história do bairro onde se localizam um dos maiores cemitérios de Santos, além do campo de várzea do Bandeirantes Futebol Clube e um conjunto habitacional. Com o significado de “pouca vegetação”, a palavra “saboó” tem origem indígena. Por isso a comissão de frente contará com um pajé representando os índios e os curandeiros, primeiros moradores do bairro.

8- Mocidade Amazonense – A campeã de 2009 é uma escola de samba da cidade do Guarujá. Em 2010 a Mocidade Amazonense entra na passarela com 1.500 componentes e o enredo “O que não toca na rádio ainda toca em nossos corações”, trazendo , na homenagem à MPB, muitas saudades em cinco carros alegóricos, 23 alas e 180 ritmistas.
No carro abre-alas de 25 metros de comprimento, um piano com uma pessoa caracterizada de Chiquinha Gonzaga lembrará estrelas do passado, assim como o palco da comissão de frente, recordando Carmem Miranda. A viagem musical continua com os nordestinos Caymi e Luiz Gonzaga, a jovem guarda de Roberto e Erasmo Carlos, a bossa nova de Chico e Tom, a tropicália de Caetano e Gil.
Nascida em 1972, a agremiação da Vila Alice defende o verde e branco de sua escola-madrinha, a Império Serrano, tendo como símbolo um índio guerreiro.

9- Brasil – Com o tema “Hallowen que nada, viva o folclore brasileiro”, a Escola de Samba Brasil vai se manifestar em defesa de nossos costumes e festas folclóricas. A crítica ao “colonialismo” será vista logo na comissão de frente, que mostrará pessoas representando a festa das bruxas. A partir daí, ressalta a cultura nacional e incentiva o povo brasileiro a valorizar as tradições regionais. O enredo será desenvolvido com diversos temas, como a Festa do Saci, comemorada no mesmo dia do hallowen, e a festa junina, entre outras.
Criada em 1949, a agremiação do bairro da Aparecida virá com mil componentes, divididos em 16 alas, quatro carros alegóricos e 160 ritmistas. Terá roupas e adereços bem coloridos e carros articulados, defendendo a bandeira verde, amarela azul e branca e o mapa do Brasil que apresenta como símbolo.

10- União Imperial – O enredo “Cinco Sentidos para ver, ouvir, tocar, cheirar e provar… um sexto para quem souber usar…” levará a União Imperial a explorar as capacidades que permitem ao ser humano interagir com o mundo exterior através de determinados órgãos do corpo. E ainda por meio da intuição ou mediunidade, que brota de um plano diferente das sensações fornecidas pela matéria, o chamado “sexto sentido”.
A agremiação exibe-se com seis carros alegóricos – um para cada sentido – e 1.800 componentes, distribuídos em 15 alas, além de 180 ritmistas. A escola do bairro do Marapé, que tem como madrinha a Estação Primeira de Mangueira, do Rio de Janeiro, além do verde e rosa entrará na passarela bem multicolorida. Fundada em 1976, tem como símbolo uma águia.

Exibições de segunda-feira (15/2)

11- Vila Nova – Com o tema “Tempero do Brasil” e homenageando o conjunto de samba Tempero, a escola do bairro da Vila Nova será a primeira a se apresentar no dia 15 de fevereiro, levando para a avenida seu pavilhão com as cores azul, vermelho e branco.
A agremiação, surgida em 2001, desfilará com 1.200 foliões, distribuídos em 14 alas, quatro carros alegóricos e bateria composta por 120 ritmistas. A intenção é explorar os diversos tipos de temperos do Brasil, não só na culinária mas em outros aspectos, como os temperos utilizados na saúde, na beleza, e o próprio tempero musical, com a homenagem ao grupo de samba Tempero, sediado na Baixada Santista.

12-Unidos dos Morros – “Dos sonhos à magia, a Unidos canta e encanta com a força da fé que a todos contagia”. A extensão do nome faz jus ao universo fantasioso que a escola abrange nesta apresentação de 2010, a começar pelos duendes e fadas da infância até tudo que existe de mágico, como lendas, mistérios da natureza e das várias crenças religiosas.
Quatro carros articulados, esculturas e muita cor fazem parte da Unidos para enfrentar a avenida com 1.300 participantes em 12 alas e 150 ritmistas, ostentando as cores verde, azul e branco. Tendo como símbolo três morros e a Lagoa da Saudade, nascida em 1978, na verdade a escola representa 13 morros de Santos e três vilas.

13- X 9 Santista – Afilhada da Mangueira, do Rio de Janeiro, e madrinha da X-9 Paulistana, a agremiação do bairro do Macuco traz o tema “Se a palavra tem mandinga, vem do banto a nossa ginga”. A agremiação vai discorrer sobre o grupo etnolinguístico africano (entre eles Angola e Congo), mostrando a ação dos portugueses ao trazer os escravos, os vários orixás de origem banta, a presença banta no idioma, na culinária, na religião, no folclore, na música e na ginga, com influência do samba, da capoeira etc.
Nada menos que 2.400 componentes, distribuídos em 24 alas – uma delas de casais mirins – exibirão na avenida quatro carros alegóricos e 180 ritmistas, defendendo o verde, branco e vermelho da escola que mais títulos conquistou no município. Criada em 1944, a agremiação, que tem como símbolo uma coroa, venceu o primeiro concurso na cidade em 1947, e levou o primeiro lugar mais 20 vezes.

14- Sangue Jovem – Entre os 1.200 integrantes, uma ala com jogadores do Santos Futebol Clube e membros da nova diretoria reforça a escola do time da Vila Belmiro, cujo enredo – “ O Língua de Prata e o Mundo dos Livros” – personifica o contador de “estórias” variadas. Mergulhando na literatura infantil, enfoca desde o terror de Drácula e Frankstein, passando pelos sonhos infantis de princesas, Pinóquio e Sítio do Pica-Pau Amarelo até contextos como o do gênio da lâmpada, Aladim e contos de amor do Taji Mahal.
A Sangue Jovem entra com cinco carros alegóricos, confeccionados por índios de índios de Paratins (AM). Puxado pela baleia – símbolo do Santos Futebol Clube – o carro abre-alas representa uma biblioteca de onde sai o submarino Náutilus de Júlio Verne, para conduzir o público a essa viagem pelo mundo dos livros de estórias fantásticas.
Fundada no ano 2000, na cerimônia de batismo a escola teve como madrinha a Vila Isabel, do Rio de Janeiro. Entretanto, no ano de seu nascimento a agremiação não participou do carnaval, já que não houve desfile em Santos. A agremiação, cujo pavilhão mostra as cores branco, preto e amarelo, teve sua primeira oportunidade de se apresentar na passarela do samba em 2006, quando se sangrou campeã.

15- Padre Paulo – Tradicional no carnaval santista e representada por uma águia, a verde e branca Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Paulo apresentará o enredo “São tantas… Emoções! “ encerrando o último dia de desfile. O tema enfocará os diversos tipos de emoções humanas, derivadas do amor. Sentimentos como ciúme, raiva, ódio, alegria, paz e esperança serão explorados no desfile, com muitas alas coreografadas e várias surpresas nas alegorias.

Criada em 1974, a agremiação do bairro do Estuário terá à frente uma comissão de cinco príncipes, do grupo Samba de Rua. Desfilarão de 1.200 a 1.500 componentes, em dez alas e cinco carros alegóricos.

Assessoria de Imprensa de Santos