Leo Daniele (*)
Votar é manifestar a própria vontade, e para isso importa saber o que se quer. Este é um princípio geral nobre e óbvio. Ora, nas presentes eleições, muitas vezes o cidadão é tratado como uma criança, que nada sabe distinguir, e que diante de um panorama confuso, ou não toma nenhuma posição, ou recebe passivamente a descrição do candidato como se recebe um produto proposto por um marqueteiro. Com uma diferença: se o produto é analisado com atenção porque em caso de erro vai pesar no próprio bolso, no caso do votante isso vai acontecer provavelmente só depois…
Para se saber o que se quer, cumpre utilizar o trinômio clássico: ver, julgar, agir. Ver com objetividade, sem otimismos nem pessimismos; julgar com critérios fundados (logo adiante darei uma sugestão); e agir, ou seja, voto livre, consciente e patriótico.
No item relativo ao julgar, passo a palavra ao Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, que divulgou recentemente excelente manifesto. Nele estão fixadas as seguintes ideias:
“A defesa da vida humana inocente desde a fecundação até a morte natural, isto é, o rechaço à legalização do aborto, da eutanásia, e das drogas;
· Defesa da família como Deus a fez: um homem e uma mulher;
· A não intromissão do Estado no direito dos pais à educação dos filhos;
· Proteção às propriedades rurais e urbanas, alvo crescente de invasões;
· Amparo ao agronegócio, esteio de nossa economia;
· Rejeição à sovietização do Brasil através de “conselhos populares” e “movimentos sociais”.
Sem a adoção desses itens, o manifesto prevê que “o Brasil real e profundo viverá à margem do mundo oficial, sem se sentir representado”.
É triste, mas previsível. Estamos vendo e vivendo isto.
Que Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, tome conta do que é seu e nos proteja, é o que desejamos.
(*) Leo Daniele é escritor e colaborador da ABIM.
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)