A data de abertura do processo de licitação para a construção da Ponte Santos-Guarujá, aguardada há quase 70 anos, deverá ser feita pessoalmente pelo governador José Serra. O projeto básico da obra já está concluído pela Vetec Engenharia, empresa contratada pelo Governo do Estado para realizar o estudo. Na próxima quinta-feira, dia 11, Serra estará em Santos para participar de um seminário promovido pela Prefeitura de Santos, Instituto Impacto e Associação Comercial de Santos.
“Será um momento histórico, pois nunca estivemos tão perto de realizar o sonho da ligação dos dois municípios. Desde o momento em que o governador assumiu o compromisso público em realizar a obra, em fevereiro de 2008, foram feitos vários estudos em parceria com as prefeituras de Santos e Guarujá para que o projeto escolhido fosse o melhor possível. Agora, é aguardar o anúncio”, disse o deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), presidente do Instituto Impacto e da Frente Parlamentar em Defesa da Ligação Seca.
Na noite da última quinta feira, dia 4, a frente parlamentar, em parceria com a Prefeitura e a Câmara do Guarujá, realizou audiência pública O evento teve a participação de oito entidades comunitárias e de classe do município. Cerca de 300 pessoas lotaram o auditório do Centro de Convenções do Delphin Hotel Guarujá, para conhecer detalhes da proposta de traçado apresentada pela prefeita Maria Antonieta de Brito aos técnicos da Secretaria de Estado de Transportes.
Se for confirmada a sugestão da prefeitura, a ponte no lado de Santos terá o acesso pela Avenida Mário Covas Júnior (antiga Avenida Portuária), passando sobre o Estuário. Em seguida, contorna o Rio Santo Amaro até a Avenida Santos Dumont, no lado de Guarujá.
A obra teria custo de R$ 694 milhões, além de R$ 60 milhões para as obras complementares, que incluem serviços de macrodrenagem em bairros atingidos pelo traçado e que tradicionalmente apresentam problemas de alagamentos, como o Santo Antônio. No total, seriam gastos R$ 754 milhões.
Na audiência, o deputado confirmou que vai solicitar, ao governador, a inclusão das obras complementares no edital de licitação da ponte. “É uma medida imprescindível considerando que as ruas por onde vai passar a construção ficam em uma região que está abaixo do nível do mar e, portanto, propicia a alta da maré e enchentes. É uma contrapartida justa e necessária”, justificou o deputado.
Menos desapropriações – Durante a audiência, o secretário de Infraestrutua e Desenvolvimento Urbano de Guarujá, Duino Verri Fernandes, ressaltou que pequenas mudanças ainda serão feitas no traçado para reduzir o número de imóveis sujeitos à desapropriação para a construção da ponte.
“O que estamos apresentando é apenas um traçado. No aprofundamento técnico do projeto, iremos estudar medidas para que haja um menor numero de imóveis desapropriados”, explicou o secretário.
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