Depois de dois dias de acaloradas discussões e debates com mais de l000 pessoas em regime de grande rotatividade de público que lotou as dependências na Faculdade São Lucas na última semana, entre 17 e 18 de Novembro, os participantes do 9º SIS – Seminário Internacional de Sustentabilidade aprovaram por unanimidade a Carta de Rondônia, e outra carta de intenções para negociações junto à direção do SWU objetivando aumentar a visibilidade da sustentabilidade na região amazônica em 20l2 e nos próximos anos.

O criador do SWU e Fórum Global de Sustentabilidade, Eduardo Fischer, presidente do Grupo Totalcom e sua curadora dos eventos Ingrid Francine, em conversa preliminar em Paulínia, já demonstravam interesse em estender seus bem sucedidos eventos musicais, artísticos e culturais sustentáveis para a região amazônica, atendendo inclusive apelo da Prêmio Nobel da Paz Rigoberta Menchu da comunidade Maia guatemalca.

Diante destes fatos, a organização do 9º SIS, por intermédio de seu presidente, o ativista ambiental Hércules Góes, levou a sugestão à plenária do evento sustentável que superlotou as dependências da faculdade em Porto Velho, com pessoas vindas de todos os lugares do interior de Rondônia, Acre, Amapá e do Amazonas, e por unanimidade ficou convencionado a possibilidade de se iniciar tratativas com o festival paulista para levar em itinerância ambos os eventos para outros lugares da Amazônia nacional ou internacional, o que foi muito aplaudido pela grande maioria dos presentes.

Nos dias l7 e 18 deste mês,  passaram pelos palcos do 9º SIS celebridades e ativistas, pessoalmente ou por videoconferência, entre eles, o doutor da Universidade Sorbonne em Paris, Gustavo Chianca, representando José Graziano que assume o cargo de diretor Geral da FAO em janeiro, o primeiro latino americano a ocupar esta posição internacional em organismo da ONU, que falou sobre a erradicação da fome e miséria no Brasil e no mundo.
Entre os debatedores deste tema, o Prof.º da UNIR, Malty que discorreu sobre sua visão a respeito deste tema que é prioridade dos governos federal e estadual rondoniense.

A mestra em engenharia  Jannet Benavides, da Associação Odebrecht Peru em Lima discorreu durante uma hora sobre os benefícios da Rodovia Interoceânica, recentemente inaugurado, ou Rodovia do Pacifico, como é mais conhecida para integrar cultural, social e economicamente os povos peruanos, bolivianos, e os brasileiros do Acre, Rondônia, Mato Grosso e regiões limitofres, tendo também recebido o Prêmio Ecoturismo & Justiça Climática em nome da Ministra da Cultura do Peru, Susana Baca, comemorando os l00 anos de Machu Picchu.
Entre os debatedores deste tema estava o diretor de promoção turística do Acre, Heitor Silva, que abordou as chances de aumentar o fluxo turístico entre os países, com o aumento do turismo regional, tendo em vista que a Amazônia foi uma das vencedoras do Concurso das Sete Maravilhas do Mundo, ao lado de Cataratas do Iguaçu, e a perspectiva de se criar um Fundo Fronteiriço como já existe o Fundo de Iguaçu na tríplice fronteira, Brasil, Paraguai e Argentina.

O mestre em arquitetura Antonio Macedo Filho, do Green Buiding Council, deu verdadeira aula sobre as novas tendências mundiais das cidades, arquiteturas e construcoes sustentáveis com debatedores do nível do vice- presidente do Sinduscon Rondônia, Maurilio Vasconcelos.

A  manhã do dia 17 fechou com uma mega conferência virtual com o Cônsul Geral do Brasil em Cusco, Elson Espinoza,  diretamente de Machu Picchu falando e discorrendo sobre a arqueologia peruana e as novidades de incremento do turismo com os países e a perspectiva da formação da primeira Caravana Popular Brasil-Peru e, nos próximos meses, inaugurando uma série de ações integracionistas na nova rota que liga o Brasil ao Pacifico.

Na abertura deste evento, a secretária Nanci Rodrigues do Sedam Rondônia, em nome do governador Confúcio Moura, cumprimentando a plenária falou sobre os preparativos que o governo rondoniense vem tomando para enfrentar crises de desmatamento, mudanças climáticas, visando a Cop l7 e Rio + 20 e também se juntando a proposta de um novo olhar sobre a votação do Código Florestal que será na próxima semana no Senado.

Numa outra palestra bastante polemizada falou o diretor da Sedam, Paulo Bonamigo. sobre as pressões que os órgãos tem tido para coibir abusos de madeireiros, alguns pecuaristas que extrapolam os limites da legislação colocando Rondônia como um dos estados mais desmatados da região e o que pode o Estado e a população se preparem para enfrentar as mudanças rumo a melhor se apresentar na Rio + 20 com propostas e objetivos sustentáveis.

Houve no primeiro dia a entrega dos Prêmios Ecoturismo & Justiça Climática ao Governador Camilo Capiberibe e Senador João Capiberibe, ambos do Amapá, pela resistência democrática na região amazônica, homenagem especial a batalha sustentável sempre permanente do ex- deputado Eduardo Valverde, que recebeu homenagem por sua mulher, Mara Valverde, do Movimento Popular das Mulheres de Porto Velho, lembrando da incessante luta do politico petista e sua relação de compromisso com a sustentabilidade amazônica.
Foram premiados também a Presidenta Dilma Rousseff, que vai receber o laurel no Palácio do Planalto, Gisele Bündchen e o piloto de Fórmula l, Lewis Hamilton, que deverá receber o Prêmio por ocasião do Prêmio Brasil de Fórmula l, no próximo domingo, em Interlagos.

A cineasta baiana Renata Rocha lançou em avant premiere amazônica o filme Grito, de Franz Krazeberg e lançou o manifesto para a ONU com o objetivo de transformar 20l2 no Ano Internacional da Amazônia, o que foi subscrito por todos os seminaristas.

Charlene Lima em nome do Festival Pacha Mamma, do Acre, lançou os filmes Ollos e Suenos, do cineasta peruano Ricardo Cabellos, Me Voy; e o cineasta Carlos Levy lançou o filme A Tormenta, com indicação no Festival do Amazonas, falando sobre as perspectivas da cultura e do cinema em Rondônia representando a Associação Curta Amazônia.

No dia l8, último dia do maior evento sustentável da região amazônica em 20l1, Cassandra Molissani, do Consórcio Norte Energia representando a Eletrobras deu grandes posicionamentos científicos sobre a mais controvertida obra do Brasil que é Belo Monte, mostrando os cuidados com as comunidades indígenas do entorno da grande Usina, que sofre contestações internacionais de ongs como Amazon Watch ligadas ao cineasta James Cameron.
A conferencista que é mestra em Engenharia no entanto mostrou que com toda a grita indígena internacional tem tido um papel de eterno diálogo com estas comunidades, bem como as ribeirinhos para que a mega obra em litígio com a OEA , e com muitas liminares, atenda o seu papel sócio ambiental de compromisso com a comunidade amazônica e internacional.

O secretario de Indústria, Comércio e Mineração do Amapá, Reinaldo Picanço, apresentou as potencialidades de investimento no Amapá e como as Usinas Ferreira Gomes estão influenciando nestes novos tempos de energia limpa e renovável no estado mais preservado da Amazônia, o que foi referendado pelo Engenheiro Gastão Rocha, da empresa que constrói a primeira grande Usina Hidrelétrica naquele estado e todos os cuidados que a empresa do grupo Alupar tem tido para respeitar ambiental a comunidade amapaense e seus entornos.
Mario Mantovanni, do SOS Mata Atlântica, em conferencia virtual já que esta em vigília cívica contra a votação do Código Florestal, denunciou o abuso de ruralistas na votação deste polemico Código e conclamou os seminaristas e a comunidade ao engajamento ao lado de ativistas como Vitor Fasano e Christiane Torloni do Movimento Floresta Faz a Diferença e Amazonia Para Sempre nesta nova bandeira de lutas do povo brasileiro.

O doutorando e Mestre da UNIR, Carlos Zimpel, foi muito aplaudido quando falou da questão do engajamento da sociedade rondoniense e amazônica para apuro dos bens arqueológicos e culturais e denunciou abusos nas universidades brasileiros e descompromisso com a educação do povo brasileiro, mas mostrou aspectos científicos fundamentais sobre os povos incas que habitaram a região do altiplano dos Andes e a região Planaltina , entre elas a amazônica.

Um dos debatedores desta área, o arqueólogo Danilo Curado, abriu um novo olhar sobre a arqueologia rondoniense e regional.
Uma das partes mais aplaudidas foi a da economista palestina brasileira Amyra El Khalili, que inebriou o auditório falando sobre commodities ambientais e seus impactos sobre a economia dos estados amazônicos e abrindo uma grande sinergia com o povo pela forma como apresentou didaticamente esta nova faceta da economia verde.
Muitos debatedores da sociedade amazônica passaram pelos palcos nos dois dias entre os quais, professores da IFRO, Faculdade São Lucas, UNIR, com os mestres dando verdadeiras aulas de compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente.
A carta final de Rondônia foi votada por unanimidade e será enviada para o Senado Federal, Cop l7 em Durban e Rio + 20.
O evento com absoluto sucesso teve o patrocínio da Eletrobras, Correios, Usinas Ferreira Gomes, Sebrae Rondônia, Sedam Rondonia, Jornal Alto Madeira, Estadão do Norte, CREA-RO, Coca-Cola, Grupo Simões, Teklatur, Jornal e Site O Nortão, Correio de Notícias, Notícia na Hora, Gente de Opinião, TV Candelária, Record News, Rádios Parecis, Caiari e FM Madeira e uma gama de grandes apoiadores.
Todo o evento foi transmitido ao vivo pelas mídias sociais entre elas, Facebook  na fan page do 9º Seminário Internacional de Sustentabilidade, Twitter, e TV Ecoturismo e Revista Ecoturismo, com uma audiência cativa de mais de 3000 internautas em todo o mundo e todo o material disponibilizado nos  próximos dias nestes sites e no Jornal O Nortão e demais parceiros eletrônicos .

Assessoria de Imprensa do 9º SIS e 10º Prêmio Ecoturismo & Justiça Climática