sustentabilidade1Sergio Esteves diz que ações sustentáveis estão paralisadas e precisam entrar em nova etapa: ouvir a sociedade para produzir produtos e serviços inovadores; evento de educação foi acompanhado por mais de 170 mil internautas

Fórum dos Estudantes

SP, 29/10/13 – Durante o 1º Fórum dos Estudantes, ocorrido no último sábado, em Atibaia (SP), o consultor em sustentabilidade e estratégia organizacional Sérgio Esteves afirmou que as empresas brasileiras não conseguirão dar um “segundo passo” nas ações entre o homem e o meio ambiente se deixarem de investir em inovação sem escutar a opinião da sociedade.

“O tempo passou e as empresas começaram a mostrar os resultados dos esforços para melhorar a eficiência e as ações de sustentabilidade. Porém, estas melhorias são limitadas e precisam seguir para um próximo passo”, garante o especialista.

Doutor em Administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com foco em estudos sobre os limites da sustentabilidade nas organizações, Esteves afirmou que os modelos de negócios que são aplicados por empresários brasileiros são limitados e não conseguem privilegiar a sociedade para qual os produtos e serviços são ofertados.

“Espera-se que em pouco tempo as empresas que já reduziram o consumo de água em suas produções, agora, possam ‘pensar’ novos produtos, eliminando a dependência desse bem tão precioso que é a água”, comenta.

Além do público presente no local, o evento foi transmitido simultaneamente para mais de 170 mil internautas, em todo o país, via polos de EAD e por meio de um canal exclusivo na internet. Estudantes, acadêmicos, políticos e jornalistas marcaram presença nos debates.

Segundo Norton Flores, criador do Fórum, a palestra deve servir de inspiração para que os jovens busquem respostas que os satisfaçam no campo da sustentabilidade e consigam projetar mudanças reais no futuro empresarial que serão inseridos. Já para Esteves, a importância do tema pode ser apontada a partir de diferentes perspectivas.

“Para os estudantes, penso que a maior relevância está na proposta subjacente de uma prática profissional que leve em conta, além de aspectos econômicos tradicionais, aspectos ambientais que dão sustentação à vida a longo prazo na biosfera e aspirações presumidas da sociedade por uma qualidade de vida compatível com os avanços da ciência e da tecnologia” afirma o especialista.