Maior atividade manufaturada de Santa Catarina, responsável por 155 mil trabalhadores, a indústria têxtil e de vestuário apresenta a maior porcentagem no Valor da Transformação Industrial do Estado e corresponde a 3,2% das exportações catarinenses (US$ 263 milhões). Em Brusque, principal pólo têxtil catarinense, com 290 fábricas, esses dados refletem não só na economia, mas também na crescente preocupação ambiental. Mais de 30 empresas da região encontraram na terceirização do serviço de tratamento de efluentes líquidos industriais uma alternativa para a adequação à legislação ambiental, sem deixar de lado a economia de custos.

Em Santa Catarina, a Fundação de Amparo ao Meio Ambiente (Fatma) acompanha o desenvolvimento da atividade e, principalmente, o que as empresas fazem para tratar seus efluentes e onde os despejam. Soluções com corantes reativos, utilizados para tingir os tecidos, tornam-se extremamente poluentes e tóxicas se não forem tratadas antes de a água ser devolvida para o leito do rio. Além das indústrias têxteis, os efluentes das indústrias químicas, que produzem as tintas, também geram uma grande quantidade de resíduos ofensivos ao meio ambiente.

Responsável pela administração da Estação de Tratamento de Efluentes Industriais de Brusque, a Riovivo Ambiental tem 34 quilômetros de rede destinada a atender seus clientes. Os maiores são servidos por essa rede, com contratos garantidos de 20 anos, e os demais são por caminhões-tanques coletores. Para o diretor comercial Guilherme Ennes, optar pela terceirização significa associar sustentabilidade com a queda da informalidade. “O tratamento de efluentes é essencial para a preservação do meio ambiente e a sua terceirização possibilita que pequenas empresas estejam de acordo com as leis ambientais, reduzindo a informalidade no setor”, garante. Entre os clientes da Riovivo, estão as empresas Buettner, Fatre, Florisa, Heil, HJ Malhas, Iresa, Latina, Pura Cor, Quimisa, Sancris, Schlosser, Silveira, Tom da Cor, Unilav, Zen, Fama, Cores e Tons, Colcci, Renaux View, Appel, Florisa, Schlösser, Latina, Buettner, Quimisa, HJ Malhas, Unilav e Redotex.

Segundo o presidente da empresa, Ceciliano Ennes, o preço do serviço é bastante competitivo. “A principal vantagem é que o cliente cuida apenas de seu negócio principal, deixando para nós os investimentos na estação de tratamento”, diz. Ele acrescenta que o principal benefício é o ambiental, já que as maiores indústrias de Brusque, que geram grande volume de efluentes, estão conectadas à ETE, evitando, dessa forma, a poluição do solo e do rio Itajaí-Mirim. A eficiência do tratamento dos efluentes industriais é superior a 80%, como determina a legislação ambiental.

Vantagens – Para as empresas que contratam o serviço, os benefícios vêm com a redução de custos e de pessoal, além de dispensar o aumento de espaço físico necessário para a construção da estação. Para o presidente Ceciliano, a terceirização do tratamento de efluentes também é vantajosa para o órgão ambiental responsável pela fiscalização. “Com o serviço fica mais fácil acompanhar as empresas, já que estarão concentradas em uma única estação de tratamento”, aponta.

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