A tragédia que abalou os municípios serranos do Rio de Janeiro há um mês havia provocado uma queda de 90% na ocupação dos hotéis da região.

Mas, por meio de campanha iniciada pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio de Janeiro, esse processo começa a ser revertido, informou à Agência Brasil o presidente da entidade, Alfredo Lopes de Souza Júnior.

“Logo após a tragédia, muitos hotéis ficaram totalmente ocupados por familiares de funcionários que perderam suas casas na enxurrada”, relatou Alfredo Lopes.

Segundo ele, a maioria das vias já está desobstruída e menos de 5% dos estabelecimentos de hotelaria ainda sentem os efeitos da tragédia. “O restante está funcionamento plenamente”.

A campanha visa ao incremento do turismo na região. Durante todo o mês de fevereiro, são oferecidos descontos especiais de 50% nas diárias, para incentivar os visitantes a voltar a frequentar as cidades atingidas pelas chuvas de janeiro.

“Isso já tem dado um bom resultado. Nós tivemos nos dois últimos finais de semana uma ocupação ascendente. E, para o carnaval, já estamos com um nível de reservas bastante considerável”, disse Lopes.

Na avaliação dele, o trabalho agora consiste em aperfeiçoar a divulgação sobre as condições das cidades da região. “Com certeza, a gente espera alcançar um Carnaval com 70% de ocupação, que é um excelente resultado”.

No médio e longo prazo, o presidente da associação aposta na retomada do fluxo turístico na região serrana fluminense.

Ele informou que todo esforço está sendo feito no Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Ministério do Turismo e na Secretaria Estadual de Turismo pela liberação de verbas para o restabelecimento do fluxo turístico nos períodos de alta temporada deste ano.

Lopes estimou que seriam necessários de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões para a realização de campanhas de marketing voltadas à revitalização do destino turístico. “Não estou falando de investimento em infraestrutura, reurbanização ou reconstrução. Estou falando simplesmente de um projeto de marketing para reabilitar [a cidade para] a próxima alta temporada, que são os meses de junho e julho”, diz ele.

fonte: Folha de São Paulo