A Vale, o BNDES, os fundos de pensão Funcef (da Caixa Econômica Federal) e Petros (Petrobras) anunciaram nesta quarta-feira a criação de um fundo para investir em projetos de reflorestamento e aproveitamento econômico de florestas com patrimônio de R$ 605 milhões.

Ainda sob análise da CVM, a proposta que é as cotas do fundo sejam distribuídas da seguinte forma inicialmente: 40% para a Vale e 20% para os demais investidores.

Há ainda interesse em buscar outros investidores. O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse que esse tipo de fundo desperta muito interesse por desenvolver projetos na Amazônia. Citou como possíveis investidores China, Japão e Bahrein.

A meta do fundo é reflorestar uma área total de 450 mil hectares até 2022, dos quais 150 mil hectares serão destinados ao plantio de florestas industriais, principalmente de eucalipto.

Os outros 300 mil hectares serão ocupados por áreas proteção e recuperação de florestas nativas.

A ideia é arrendar fazendas com áreas degradadas especialmente no Pará, um dos Estados mais afetados pelo desmatamento.

24,5 milhões de árvores

O fundo nasce a partir do projeto Vale Florestar. Lançado em 2007, ele já plantou 24,5 milhões de árvores em 41 fazendas arrendadas, numa área de 70 mil hectares.

Os recursos do fundo serão investidos na empresa Vale Florestar S/A, a ser ainda constituída. A estruturação financeira e a busca por novos investidores será realizada pela Global Equity.

Para Agnelli, o projeto visa o “retorno social e o retorno econômico” e traz uma alternativa de renda à população local.

Agnelli reconheceu, porém, que a falta de regularização fundiária de propriedades na região pode atrasar a implantação dos empreendimentos. “É um nó jurídico, mas começa a ser desatado”.

FSP