Os ventos que sopram no território da China dão ao país a possibilidade de suprir toda sua demanda adicional de eletricidade nos próximos 20 anos, indica um novo estudo.
O trabalho, publicado na revista “Science”, avaliou o potencial eólico chinês com aparelhos em satélites, boias, balões e torres.
Uma transição radical de usinas a carvão para eólicas, porém, precisaria de um investimento de US$ 4,6 trilhões, amortizados até 2030.
Com isso, o país conseguiria vender cada kWh por US$ 0,076 a seus habitantes. O preço ainda seria mais caro do que a média atual na China (US$ 0,046), mas pode ficar competitivo, diz o estudo.
“A energia a carvão pode ficar muito mais cara em alguns anos, sobretudo se houver decisão da China de cortar poluição para reduzir a chuva ácida”, diz Michael McElroy, climatólogo da Universidade Harvard e líder do estudo.
Rafael Garcia
Folha de S.Paulo