Um convênio de cooperação técnica está sendo discutido entre a Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe) e a Japan Sewage Works Association, do Japão – uma das associações similares a Aesbe, no país asiático.

A cooperação técnica foi um dos temas principais do encontro entre representantes do Ministério do Território, Infraestrutura, Transportes e Turismo do Japão e da Aesbe, ocorrido hoje (25/01), em Brasília-DF. O objetivo inicial dos japoneses foi conhecer as condições gerais e institucionais da prestação dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário aqui no Brasil, bem como da possibilidade de fornecimento e troca de tecnologias, principalmente na área de esgotamento sanitário.

Depois de ter ouvido a explanação do superintendente executivo da Aesbe, acerca do panorama geral do saneamento básico brasileiro, o diretor de Obras Internacionais, vinculado ao Ministério do Japão, Yoshiaki Nanami, disse que seria importante que as informações ocorressem, a partir de agora, diretamente entre Aesbe e a associação japonesa.

Um protocolo de intenções será trocado entre as entidades. A Aesbe se propôs a realizar um levantamento junto às 24 Companhias Estaduais de Saneamento – suas Associadas – para saber quais os principais processos e tecnologias são, atualmente, empregados nos sistemas de esgotamento sanitário e as necessidades existentes, principalmente no que se refere ao reúso dos efluentes líquidos tratados e ao aproveitamento do lodo gerado nas estações de tratamento de esgoto.

Os representantes do governo japonês também se mostraram favoráveis à troca de novas tecnologias, inclusive cogitando a possibilidade de intercâmbio técnico, cujos alvos específicos serão as associadas da Aesbe.

O desenvolvimento do setor de saneamento básico, no Brasil, em especial o trabalho das companhias de saneamento, representadas institucionalmente pela Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), está repercutindo mundialmente. Umas das provas é o interesse do Japão em conhecer e auxiliar ainda mais, esse braço da infraestrutura brasileira.

O Superintendente da Aesbe considerou que o interesse japonês pelo saneamento básico brasileiro é a confirmação de que o País está no rumo certo. “Apesar da presença japonesa no saneamento já ocorrer em diversos projetos, é importante que esse contato se amplie, pois o Brasil está precisando de novos insumos para a ampliação dos serviços e, principalmente, de capacitação e de tecnologia, elementos dos quais os japoneses são muito fortes e tem muito a contribuir. O Brasil só tem a crescer se essas visitas se converterem em investimentos e transferência de tecnologia”, concluiu.

A comitiva japonesa segue, ainda hoje, para São Paulo e Rio de Janeiro, onde se encontrará com técnicos do setor para reforçar a intenção de estreitamento das relações entre Brasil e Japão.

Aurélio Prado
Assessor de Imprensa