Grandes eventos esportivos são oportunidades únicas para o turismo de qualquer país que os recebe. Com a realização, em um curto período de tempo, da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016, o Brasil – que já é líder na América do Sul e um dos destinos emergentes no mundo na realização de eventos internacionais – ganha condições de atingir um novo patamar na sua promoção como destino turístico global. Para ampliar essas conquistas, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) faz o lançamento no Rio de Janeiro (RJ), nesta quinta-feira (6), do novo Programa de Apoio à Captação e Promoção de Eventos Internacionais.

Na ampliação do Programa de Apoio à Captação e Promoção de Eventos Internacionais, até hoje concentrado em eventos associativos, o foco será os eventos esportivos. A promoção do Brasil como sede dos dois maiores eventos esportivos do mundo, a infra-estrutura legada e a exposição do país em nível mundial, cria condições excepcionais para atrair os eventos internacionais de esportes relacionados com estas modalidades.

Cerca de 240 eventos internacionais podem potencialmente ocorrer no Brasil. As 32 federações brasileiras de esportes, ligadas a entidades internacionais, serão os parceiros fundamentais na captação desses eventos.

“O objetivo principal não é apenas trazer os eventos para o Brasil, mas diversificar as cidades que os recebem e trabalhar para prolongar a permanência deste turista no país, de forma a ampliar o volume de dividas gerado, beneficiando as economias e sociedades locais”, disse a presidente da Embratur, Jeanine Pires.

Meetings Brasil

As principais ações do programa incluem a coordenação e a confecção de dossiês de candidatura, a apresentação da cidade que pretende sediar o encontro para os membros da comissão internacional que toma a decisão sobre a cidade-sede, a produção de material promocional próprio do evento e ainda o envio de material sobre o Brasil para dirigentes de associações internacionais que realizam eventos que potencialmente podem ser feitos no País.

A estratégia envolve identificar todas as modalidades esportivas que fazem competições mundiais ou fases regionais que possam ser sediados no Brasil, aproveitando os equipamentos esportivos existentes e que serão construídos para os Jogos Mundiais Militares 2011, Copa 2014 e Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016.

Um novo programa, o Meetings Brasil, será articulado para promoção do segmento MICE (Meetings, Incentive, Congress & Exhibitions) – que movimenta US$ 30 bilhões no mundo –, reunindo as várias entidades do segmento, além de associações esportivas. O objetivo é promover o Brasil como destino com infraestrutura para sediar qualquer tipo de evento internacional.

Turismo, Copa e Olimpíadas

Para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, estima-se 380 mil turistas visitando o Brasil. Durante a fase de preparação e realização dos Jogos Olímpicos, a previsão é a de que sejam gerados 120 mil empregos anuais no País. Como efeito da realização das Olimpíadas no Brasil, a expectativa é de um impacto de US$ 11 bilhões no PIB entre 2009 e 2016 e de US$ 13,5 bilhões entre 2017 a 2027, segundo o Estudo de Impactos Socioeconômicos Potenciais da Realização dos Jogos Olímpicos na cidade do Rio de Janeiro em 2016, desenvolvido pela FIA (Fundação Instituto de Administração) para o Ministério do Esporte.

As Olimpíadas de Sidney foram uma das melhores experiências em benefícios para o turismo de um país na história dos Jogos. Um número adicional de 1,7 milhão de visitantes e US$ 3,4 bilhões em divisas chegaram ao país no período de 1997 a 2004. Mais do que isso, a Marca Austrália avançou o equivalente a dez anos antes e durante os Jogos, com a nova forma pela qual o mundo passou a conhecer o país como destino turístico e também como destino de eventos.

A estimativa dos órgãos de turismo britânicos é que os Jogos Olímpicos de Londres em 2012 devem gerar ganhos para o setor de turismo na ordem de 2,1 bilhões de libras no período de 2007 a 2017.

Embratur