‘Unlawfull killing’, de Keith Allen (pai de Lily Allen), foi patrocinado pelo bilionário egípcio Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi, morto com Diana em 1997

Diretor aponta ligações entre o príncipe Phillip, Duque de Edinburgo e marido da Rainha Elizabeth II, com o Partido Nazista alemão

A controversa morte da Lady Di, vítima de um acidente de carro em um túnel de Paris, em agosto de 1997, ganhou um capítulo novo nesta sexta-feira, 13, no 64º Festival de Cannes. A maratona francesa serviu como plataforma de lançamento para Unlawful killing, documentário que toma como ponto de partida a tese de que houve uma bem urdida conspiração da família real e o governo britânicos

para acobertar detalhes da tragédia que tirou a vida da Princesa de Gales e a do milionário Dodi Fayed, seu namorado na época.

Exibido para uma plateia de convidados num cinema de rua da cidade, Unlawful killing gerou mais bochicho do que qualquer outro título da programação oficial do festival. Além de levantar dúvidas sobre a forma como as investigações sobre o acidente foram conduzidas, o filme dirigido pelo ator e documentarista Keith Allen (pai da cantora britânica Lily Allen) exibe uma foto em close do rosto sem vida de Diana, nunca divulgada.

Além de entrevistar pessoas próximas da princesa e de profissionais envolvidos com as investigações e o julgamento do caso, que chegou ao vago veredicto de “unlawful killing” (execução ilícita, em tradução livre), o diretor aponta ligações entre o príncipe Phillip, Duque de Edinburgo e marido da Rainha Elizabeth II, com o Partido Nazista alemão.

“Minha intenção não é atacar a monarquia britânica, mas contra o sistema como um todo, que manipulou fatos e escondeu a verdade do público”, defendeu-se Allen no encontro com a imprensa.

Em 2008, depois de um inquérito que ouviu 250 testemunhas sobre o caso, um júri concluiu que a morte de Diana e Dodi foi causada pela negligência de Henri Paul, o motorista do casal, que fugia da perseguição de paparazzi.

Segundo tal investigação, Paul, que também morreu no acidente, estava alcoolizado. A imparcialidade do filme, que foi financiado pelo bilionário egípcio Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi, foi duramente questionada pelo escritor britânico Martyin Gregoy, autor de livros sobre Diana e supostas conspirações sobre sua morte. “Como levar a sério um filme que apoia o ponto de vista de seu mecenas?”, indagou Gregory durante o encontro com a imprensa.

Fonte: VEJA