Pesquisa do Pew Research Center (peoplepress.org) revelou que, só nos EUA, 45% das pessoas com até 35 anos adoraria se mudar para Nova York. De fato, muitos o fazem: 50,5% dos moradores da Big Apple não são de lá -vieram de outros Estados norte-americanos ou nasceram em outros países.

Provavelmente resida aí a razão das muitas referências que se misturam em Nova York. Há o consumismo americano nos néons, a elegância europeia nas enormes lojas da Quinta avenida, as comidas chinesa e mexicana nas esquinas, gente de todo o mundo dirigindo táxis.

Celeiro de celebridades

Entre as celebridades, a modelo inglesa Naomi Campbell foi viver lá em 1986, com apenas 16 anos, para trabalhar na revista “Vogue”. Já o estilista Richie Rich, que foi tentar a sorte na “meca” dos aspirantes em 1993, soube que tinha feito a coisa certa já na sua primeira noite na cidade. Ele entrou em uma boate e deu de cara com ninguém menos que Madonna.

A própria estrela pop começou a carreira após deixar seu Estado natal, Michigan, e mudar-se para Nova York em 1977. Ela declarou à revista “Vanity Fair” que a metrópole não é mais a mesma. “Não crepita mais com aquela sinergia entre os mundos da arte, da música e da moda, como nos anos 1980”.

Ainda assim, comprou, no começo deste ano, uma mansão de quatro andares e 13 quartos no Upper East side de Manhattan. Ela admite: “Sim, é claro que Nova York ainda tem uma grande energia”.

A mesma energia que continua trazendo jovens e sonhadores para a cidade. E acomete até mesmo os visitantes, com uma vontade irresistível de voltar -sempre que possível.

Isabel Malzoni
colaboração para a Folha de S.Paulo