Os recifes de corais desaparecerão neste século caso as emissões de dióxido de carbono (CO2) não sejam reduzidas drasticamente, informou um painel de especialistas, em uma reunião realizada na Royal Society de Londres, nesta terça-feira (7).

O encontro, organizado pela Sociedade Zoológica britânica, pelo Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês) e pela Royal Society, teve o objetivo de identificar alvos e fixar prazos concretos de atuação contra o aquecimento global.

A previsão dos cientistas é que, antes de 2050, seja alcançada uma concentração de CO2 na atmosfera de 450 partículas por milhão (ppm), um ponto “a partir do qual os corais podem chegar à extinção em questão de décadas”.

“O nível seguro de CO2 que deveríamos perseguir é de 320 ppm, porque agora sabemos que 360 ppm é o nível no qual os recifes deixam de ser viáveis em longo prazo”, afirmou o professor John Veron, um dos principais especialistas do mundo em recifes.

Vernon se mostrou pessimista sobre a capacidade dos políticos de responderem a este desafio.

Se a situação continuar assim, o analista afirmou que “o que agora consideramos um ano ruim, será um ano normal em 2030 e um ano muito bom em 2050. A situação continuará piorando, antes de melhorar, façamos o que façamos”.

Folha de São Paulo