A Estação Ecológica do Taim (ESEC Taim), criada em 1978, é administrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Possui uma área de 33.815 hectares, situando-se na estreita faixa de terra entre o oceano Atlântico e a lagoa Mirim.
Compreende partes dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul.
O acesso à estação ecológica se faz através da BR-471, estrada que atravessa longitudinalmente a área da estação. O objetivo principal é de proteger um dos principais ecossistemas do país, bem como proporcionar meios para que universidades e outras instituições possam fazer estudos ecológicos.
A planície costeira do Rio Grande do Sul apresenta áreas de grande expressão no contexto ambiental do extremo sul do Brasil, originada pelos avanços e recuos do mar. Os banhados do Taim apresentam diversificados ecossistemas e estão representados pelas praias lagunares e marinhas, lagoas, pântanos, campos, cordão de dunas e campo de dunas.
Fauna e flora
Diante dessa variedade ambiental, podem ser encontradas várias espécies de animais, tais como o João-de-barro, tartarugas, tuco-tuco, capivaras, ratão-do-banhado, jacaré-de-papo-amarelo e abundante ave-fauna. A flora, igualmente diversa, apresenta: figueiras, corticeiras, quaresmeiras, orquídeas, bromélias, cactos, juncos e aguapés.
Pessoas
A população do Taim concentra-se ao longo da BR-471, em povoados como a Vila do Taim, e nas grandes propriedades conhecidas como granjas. No interior da região, a densidade demográfica é pequena concentrada em pequenas e médias propriedades rurais e acampamentos de pescadores. A infra-estrutura básica conta com uma subestação de energia elétrica, quatro escolas de 1º grau, dois postos médicos, um posto da Brigada militar, a sede do IBAMA na Estação Ecológica do Taim e um posto de fiscalização municipal do ICMS. A atividade econômica básica das grandes propriedades é a agricultura, associada à criação de bovinos, eqüinos e ovinos, destacando-se a orizicultura, que atrai a mão de obra local para atividades dedicam-se à pecuária de corte, além da ocasional produção de arroz direta ou indireta, através de arrendamento das terras. A pequena propriedade sobrevive da pecuária extensiva de corte, servindo como fonte de mão de obra para orizicultura. Além da agricultura e da pecuária, o reflorestamento, a atividade madeireira e a pesca são outras atividades econômicas da região. A caça, embora ilegal, serve como complemento de renda para uma parcela da população, sendo destinada à alimentação e ao comércio da carne da capivara e de aves, além da exploração da pele do ratão do banhado.
Pessoas
A população concentrada na Vila do Taim é composta basicamente por pescadores, com um histórico progresso de intensa atividade de caça, tanto para o sustento como para comercialização. Por isto, a população da vila foi extremamente afetada com a implantação da Estação e a intensificação da atividade fiscalizadora do Poder Público, vendo seu nível de qualidade de vida despencas a índices precários.
Poucos pescadores ainda tiram sustento da lagoa Mirim. A vila agora abriga, em sua maioria, funcionários das granjas vizinhas.
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