A chuva ácida, que matou árvores e peixes e dissolveu parte de estátuas em Washington nos anos 70 e 80, voltou a preocupar a capital americana. Contudo, desta vez, ao invés de ácido sulfúrico, ela é composta de outra poderosa substância, o ácido nítrico. As informações são da Scientific American.
Segundo a reportagem, enquanto no passado o problema em Washington foi resultante das emissões de enxofre de usinas de energia, agora as emissões de nitrogênio é que estão criando a chuva ácida. “Ambos são ácidos fortes e ambos podem criar sério problemas para o ambiente”, diz William Schlesinger, presidente do Instituto Cary de Estudos de Ecossistemas.
A chuva ácida pode dissolver cimento e calcário, assim como acabar com nutrientes fundamentais do solo, o que prejudica as plantas. Ela ainda pode liberar minerais tóxicos da terra que chegam até riachos e matam peixes.
A partir de 1990, o país fechou o cerco contra as emissões de enxofre e de nitrogênio das usinas. Contudo, nas áreas onde houve queda de 70% de dióxido de enxofre de 1990 a 2008, as emissões de dióxido de nitrogênio (NO2) caíram muito menos – diminuição de cerca de 35% – no mesmo período.
Schlesinger e outros cientistas têm alertado para o problema no país. Em 8 de junho, a Agência de Proteção do Ambiente (EPA, na sigla em inglês) realizou uma teleconferência para discutir o problema do nitrogênio, inclusive a chuva ácida. Contudo, um relatório final ainda não foi emitido.
A maior parte da chuva de ácido nítrico é derivada de termoelétricas que queimam carvão, de emissões de veículos e de fertilizantes. O uso excessivo destes, inclusive, criou “zonas mortas” em Columbia e no rio Mississipi. Apesar disto, as emissões atmosféricas de fertilizantes continuaram praticamente sem restrições.
Redação Terra