A Executiva Nacional do PDT aprovou o apoio do partido à candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República. A decisão ainda depende de avaliação do Diretório Nacional, na convenção que a legenda vai realizar para formalizar chapas para as eleições de outubro.

Por unanimidade, os integrantes da Executiva também aprovaram uma comissão para acompanhar as propostas de campanha de Dilma Rousseff.

O ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, disse que o apoio formal ainda depende da aceitação por parte da coordenação de campanha de Dilma de programas históricos do partido dentro do programa de governo que será oferecido aos eleitores.

“Temos o indicativo de apoio à candidatura da ministra com o condicionamento de incluir no programa do PT temas que o PDT considera fundamentais. Um exemplo disse é a escola em tempo integral para toda a rede de ensino público”, disse.

Lupi pretende fazer a defesa do apoio formal ao nome de Dilma Rousseff na convenção do PDT. O ministro deve entrar em contato com todos os integrantes do Diretório Nacional para saber se existe resistências à aliança com o PT.

A expectativa da cúpula pedetista é que a formalização do reforço na campanha presidencial da ministra Dilma seja refletida em alianças estaduais também, principalmente nos palanques que o PDT terá candidato ao governo do Estado.

O presidente do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS), disse que a aliança em torno da ministra Dilma Rousseff não deve ser atacada pelo Diretório Nacional. Um dos sinais apontados pelo parlamentar foi o voto unânime dos membros da Executiva, incluindo o do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), defensor da candidatura própria do partido, mas que retirou o nome da lista de presidenciáveis.

Cunha disse ainda que andar junto com a ministra Dilma é seguir o caminho natural porque o partido faz parte da base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PDT também conta com a ligação histórica de Dilma Rousseff com o partido.

“Ela é fundadora do PDT e sabemos de sua indentidade com o partido. É uma questão de coerência política. Fazemos parte do governo Lula e ele tem sua candidata. Queremos que ele tenha continuidade e a única hipótese seria apoio à ministra”, afirmou Vieira da Cunha.

Folha de São Paulo