A Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase está construindo um anexo sustentável que aproveitará água da chuva e energia solar. Serão três pavimentos em desnível, sendo os dois últimos com dois andares cada, respeitando as características do solo, em um terreno de 3.100 m². As salas de aula contarão com áreas de convivência em telhado verde, para a circulação de pessoas.

O anexo terá sistema de ventilação natural por meio de brise (quebra-sol), janelas sobrepostas, nas laterais das paredes externas, para evitar a entrada de sol em excesso e gerar a circulação do ar. Esse tipo de intervenção contribui para a climatização do ambiente, deixando-o mais fresco, sem o uso de ar-condicionado.

A água da chuva será armazenada em uma cisterna e reaproveitada na manutenção dos jardins do campus e na limpeza dos banheiros. Tudo isso em meio à Mata Atlântica, onde se encontra o campus da FMP/Fase, na Rua Barão do Rio Branco, 1003, no Centro da cidade serrana.

Assinado pelo arquiteto Francisco Hue, o projeto do anexo sustentável foi aprovado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e pelas Secretarias de Meio Ambiente e de Planejamento e Urbanismo de Petrópolis. A obra tem previsão de término para 2015.

O prédio abrigará o Centro de Simulação, para práticas avançadas em ensino em saúde, um auditório e mais 16 salas de aula com capacidade para 50 pessoas cada, ampliando as áreas de estudo da instituição para cerca de mil alunos. O anexo erá também uma quadra poliesportiva para uso de alunos e funcionários, com vestiários, arquibancada, banheiros e academia.

Segundo a diretora da instituição, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, a ideia é fornecer atrativos suficientes aos alunos para que permaneçam mais tempo no campus, uma vez que grande parte é de outros estados brasileiros:

“Queremos ampliar os espaços acadêmicos e de lazer para proporcionar melhores condições de trabalho e ensino aos nossos professores e alunos. Estamos construindo um prédio onde colocaremos em ação um dos nossos princípios que é a preocupação com a sustentabilidade. O custo e o trabalho para a criação desse anexo serão maiores, mas valerá a pena para darmos um exemplo de universidade que pensa no planeta e nas suas necessidades.”

Para o coordenador do curso de Medicina, Paulo Sá, a nova construção contribuirá para o reforço da conscientização ambiental dos próprios alunos. “Temos orientações de educação ambiental em cada programa do curso e, aos poucos, elas vão sendo assimiladas. Com o novo campus, reforçaremos a importância de um mundo sustentável, pensado em outras bases e mais humano”, diz o professor.