Mais 50 pinguins mortos foram recolhidos em praias de Praia Grande (Grande São Paulo) nesta quarta-feira, de acordo com o a prefeitura da cidade. No mês de julho já tinham sido encontrados mais de 200 animais marinhos mortos no município. Somados às mortes registradas em outras praias do litoral paulista esse número supera os 600.

Procurado pela reportagem, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) afirmou na tarde desta quarta-feira que ainda não tinha sido informado sobre animais encontrados mortos hoje. O órgão destacou ainda que é comum o surgimento de animais marinhos mortos nesta época do ano e deve se estender até meados de outubro.

Segundo o inspetor Delfo Almeida Monsalvo, da Guarda Municipal Costeira, deve ser decidido ainda hoje para onde serão encaminhados os animais, que devem passar por necropsia. No estômago de alguns dos pinguins encontrados anteriormente foi detectada a ingestão de lixo.

No mês de julho, foram encontrados ao todo em Praia Grande 205 pinguins mortos, além de 13 tartarugas verdes, uma tartaruga de pente, três tartarugas cabeçudas (uma delas com mais de 150 quilos), uma arraia prego, um golfinho pintado do atlântico, dois golfinhos de dentes rugosos, duas toninhas (uma com mais de um metro), um mergulhão e um albatroz. Parte dos pinguins mortos foi encaminhada para pesquisas na USP (Universidade de São Paulo).

Além disso, foram resgatados vivos pelo grupamento seis pinguins, uma tartaruga verde, uma fragata, uma gaivota, uma batuíra e um atobá. Todos foram encaminhados para reabilitação em instituições parceiras da Guarda Ambiental, como o Cram (Centro de Reabilitação de Animais Marinhos), Cetas-Unimonte (Centro de Triagem de Animais Selvagens) e o Aquário de Santos.

FSP