pós a Receita Federal encontrar 22 toneladas de lixo em decomposição dentro de um contêiner no porto de Rio Grande (RS), uma minhoca que estava na carga foi encaminhada à Universidade Federal de Santa Maria. Uma pesquisadora fará análises para identificar a origem do animal.

A carga veio de Hamburgo, na Alemanha. De acordo com o Ibama, a exportadora é a chinesa Dashan, de Hong Kong, com material oriundo da República Tcheca.

A documentação do contêiner informava resíduos industriais para reciclagem, mas o conteúdo real era de embalagens de produtos de limpeza, ração e fraldas. A fiscalização foi feita no dia 3 de agosto e divulgada ontem pelo Ibama.

Sem a minhoca, a carga continua no porto de Rio Grande. Parte do lixo foi retirado para evitar fermentação que cause riscos à saúde, segundo o diretor de qualidade do Ibama, Fernando Marques. Segundo ele, deixar ao ar livre não traz riscos.

A importadora Recoplast Recuperação e Comércio de Plástico, de Esteio (RS), foi multada em R$ 400 mil. A transportadora sul-coreana Hanjin Shipping, multada em R$ 1,5 milhão, terá dez dias a partir da notificação para devolver o lixo para a Alemanha. Nenhuma delas confirmou o nome da exportadora.

OUTRO LADO
O advogado da Recoplast, Luiz Gustavo Puperi, afirmou ontem que a empresa foi enganada. O que chegou ao porto não foi o que a Recoplast comprou, segundo o advogado.

A Hanjin Shipping disse que empresas de transporte marítimo prestam serviço para um exportador confiando nas informações passadas, sem verificar a carga.

FSP