O deputado Moreira Mendes foi um dos convidados especiais da festa de comemoração dos 90 anos da Sociedade Rural Brasileira (SRB), que aconteceu na noite de ontem na Sala São Paulo do Complexo Cultural Júlio Prestes, na capital paulista. O evento reuniu as maiores lideranças do agronegócio brasileiro e personalidades políticas, entre elas o governador José Serra, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a senadora Kátia Abreu (presidente da Confederação Nacional da Agricultura – CNA), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o presidente da Câmara, Michel Temer, secretários municipais e estaduais e vários outros parlamentares e autoridades.

Na oportunidade, Moreira representou a Frente Parlamentar Agropecuária, da qual é vice-presidente para a Região Norte, e a Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural da Câmara, da qual é membro titular. Antes da programação festiva, os parlamentares da comissão tiveram uma reunião fechada com autoridades do governo paulista, especialmente com o secretário de Agricultura e Abastecimento João Sampaio. O tema principal da reunião foi o Projeto de Lei 6424, que altera o Código Florestal e se encontra em tramitação na Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Os parlamentares pediram ao secretário o apoio do governo paulista para aprovar as mudanças na legislação ambiental, em discussão no Congresso.

Entre as autoridades, a tônica dos discursos foi o conflito entre setor produtivo e meio ambiente. Os participantes defenderam a necessidade de um diálogo mais franco e aberto por parte dos ambientalistas no que se refere ao uso das áreas já consolidadas para a produção. Nesse aspecto, Moreira foi taxativo: “Não faz sentido subtrair áreas de produção que além de gerarem empregos ainda são responsáveis pela produção de alimentos para o consumo interno e excedentes para a exportação”, disse ele.

O presidente da SRB, Cesário Ramalho da Silva, defendeu o produtor brasileiro, lembrando que “além de sustentar as exportações, o produtor é o protagonista do agronegócio”. Ele também disse que é preciso acabar com a ideologia de separar a agricultura em familiar e empresarial, uma vez que todos cumprem um papel importante na cadeia produtiva do setor.

Silva enfatizou também a necessidade de se conservar a floresta amazônica, observando que “é preciso respeitar as pessoas que lá vivem”. Ele defendeu ainda uma legislação que permita a ocupação racional e o desenvolvimento sustentável da região. “A desorganização fundiária tornou-se o gatilho do desmatamento na Amazônia. Regularizar a posse das terras na região é fundamental”, afirmou o dirigente.

Claudivan Santiago – Assessor de Imprensa