A segunda reunião de negociação do acordo do clima de Copenhague terminou na sexta-feira (12/06) em Bonn, na Alemanha, em impasse. O maior entrave se refere à adoção de metas para reduzir a emissão de gases que provocam o aquecimento global pelos países industrializados.

Segundo o secretário-executivo da Convenção do Clima das Nações Unidas, Yvo de Boer, os países desenvolvidos estão longe de alcançar a meta de redução que a ciência diz necessária para evitar uma catástrofe climática –entre 25% e 40% até 2020, em relação aos níveis de 1990. Para ele, o nível de ambição precisa aumentar até Copenhague, em dezembro.

João Talocchi, coordenador da campanha de clima do Greenpeace, chamou a reunião de “circo” –porque a ciência e o futuro do planeta foram tratados como piada.

O Japão apresentou uma meta pífia (reduzir a emissão de gases-estufa em 8% até 2020). E Rússia e Nova Zelândia, por exemplo, nem apresentaram um objetivo.

Para Saleemul Huq, do Instituto Internacional para o Ambiente e o Desenvolvimento, “os principais países desenvolvidos ainda não estão colocando propostas sérias sobre a mesa.”


da Folha de S.Paulo