O Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) pediu aos membros do G8 (os sete países mais desenvolvidos do mundo e a Rússia) que, só neste ano, destinem US$ 2 bilhões contra a mudança climática. A solicitação foi feita nesta quinta-feira (2).

Na apresentação de um estudo elaborado pela WWF e uma seguradora, o diretor da organização na Alemanha, Eberhard Brandes, apontou a importância de que, durante a cúpula do G8 que acontecerá em L’Aquila (Itália) ainda neste mês, os países cheguem a um acordo “financeiro maciço” para a adaptação dos países emergentes à mudança climática.

Na opinião de Brandes, é “urgente” que os chefes de Estado ou de Governo de Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, Rússia, Japão e Estados Unidos se comprometam a manter o aquecimento global abaixo de 2ºC em relação aos níveis de 1990.

Para alcançar esse objetivo, é preciso reduzir as emissões dos gases causadores do efeito estufa em 80% até 2050, o que obrigará os países a reestruturarem seus respectivos modelos de produção, de acordo com a WWF.

O estudo da organização diz ainda que as nações do G8 não cumprirão seus compromissos ambientais antes da conferência sobre mudança climática que a ONU convocou para dezembro, em Copenhague (Dinamarca).

No relatório, os oito países também são classificados de acordo com o respeito aos acordos internacionais contra o aquecimento global que assinaram. Os primeiros colocados nesse ranking são Alemanha, Reino Unido e França.

“Sem uma liderança construtiva dos países do G8, não haverá o necessário acordo climático de Copenhague”, alertou Joachim Faber, diretor da seguradora envolvida no estudo da WWF.

Sobre Japão e Itália, respectivamente quarto e quinto colocados na lista, a WWF diz que ambos liberam pouca quantidade de gases estufa na atmosfera, mas carecem de uma política climática que permita o alcance das metas fixadas pela ONU.

Em relação aos EUA, o estudo da WWF destaca que, em seis meses, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez mais pelo meio ambiente que os governos anteriores nos últimos 30 anos.

“Os EUA, no entanto, mantêm o maior nível de emissão per capita de poluentes no mundo todo”, informa o texto.

Fola de São Paulo