Diagnóstico do Instituto Trata Brasil mostra que milhares de moradores de áreas irregulares do Estado de SP precisam de alternativas para os serviços de saneamento básico
 A falta de saneamento básico assola milhões de brasileiros, como aponta os últimos dados do SNIS 2013 (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico). Menos da metade dos brasileiros estão conectados às redes de coleta de esgotos e apenas 39% dos esgotos gerados são tratados. Além disso, há mais de 30 milhões sem acesso à água tratada. A carência do saneamento básico atinge a todos, mas é certo que os maiores impactos estão nas famílias de baixa de renda, muitas delas residentes em locais denominados “aglomerados subnormais”, ou simplesmente áreas irregulares.

Esse estudo, denominado “Saneamento em Áreas Irregulares no Estado de São Paulo”, feito pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a Reinfra Consultoria, procurou identificar a situação do saneamento básico, especialmente dos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento dos esgotos, nas áreas irregulares de 13 grandes municípios do Estado de São Paulo.
O Censo Demográfico do IBGE, realizado em 2010, mostrou que no Brasil existiam 6.329 assentamentos irregulares perfazendo mais de 3 milhões de domicílios nesses aglomerados. Neles residiam cerca de 11,4 milhões de pessoas, sendo que a maioria desses brasileiros normalmente não dispõem de um dos serviços públicos mais essenciais: saneamento básico. As Regiões Metropolitanas1 com mais de 1 milhão de habitantes abrigavam 88,2% dos domicílios em aglomerados subnormais e apenas 11,8% em municípios isolados ou em Regiões Metropolitanas com menos de 1 milhão de habitantes.
Fonte: Instituto Trata Brasil