Executivos das empresas envolvidas no vazamento de petróleo no golfo do México assumiram a responsabilidade pelo acidente, mas foram evasivos e questionaram a probidade das operações das outras companhias envolvidas no desastre.

Os executivos foram questionados no primeiro dia de audiências à Comissão de Energia e Recursos Naturais do Senado americano. Sentaram-se lado a lado chefes da BP (British Petroleum, operadora da plataforma Deepwater Horizon), Transocean Ltd (dona da plataforma) e Halliburton Inc. (prestadora de serviços no poço de petróleo).

O chefe da BP America, Lamar McKay, disse na audiência que a empresa iria limpar os danos do vazamento e ressarcir quem fosse prejudicado. Além disso, afirmou que a empresa não iria se ater ao limite de US$ 75 milhões imposto pela lei americana.

Quando questionado sobre detalhes da operação na plataforma, McKay disse não conhecer a fundo os procedimentos naquela plataforma particular.

Respostas semelhantes foram dadas por Steven Newman, presidente da Transocean, e Tim Probert, executivo da Halliburton.

A falta de respostas claras irritou o senador republicano Jeff Sessions (Alabama), que indagou se os executivos conheciam ou não o próprio negócio em que estavam trabalhando.

A BP diz que uma válvula de segurança da Transocean falhou, impossibilitando a contenção do vazamento. A Transocean, por sua vez, acusa a Halliburton de não ter executado corretamente um serviço de cimentagem no poço.

No dia 20 de abril, a plataforma Deepwater Horizon, localizada a cerca de 80 quilômetros da costa da Louisiana, explodiu, matando 11 funcionários.

FSP