Quem conhece Caraguá há mais de 10 anos sabe que hoje ela é uma nova cidade. Totalmente reurbanizada, com ruas pavimentadas e espaços públicos para a prática de esportes, exercícios físicos e lazer, a mais nova cidade do Litoral Norte paulista é tida como capital da região.

Para que essas obras fossem duradouras, o prefeito Antonio Carlos e sua equipe, durante a execução em seus dois mandatos, precisaram levar em consideração dois aspectos importantes: o respeito ao meio ambiente e a preocupação com a sustentabilidade. Caso contrário, o resultado teria sido muito diferente.

À frente de sua terceira administração, os desafios são outros. Caraguá está prestes a viver um ‘boom’ de desenvolvimento com a vinda a Petrobras para o município. Com infraestrutura urbana para comércio pronta, a prioridade agora é oferecer aos munícipes e àqueles que para cá se mudarão acesso a serviços públicos de qualidade, como saúde e educação.

A questão habitacional também preocupa. “É responsabilidade do poder público garantir ao cidadão moradia digna para si e sua família”, comentou o prefeito Antonio Carlos. “Além disso, vivemos basicamente do turismo e barracos e favelas não são atrativos nesse segmento”.

Hoje se estima que três mil famílias precisem de unidades habitacionais. Destas, 75% estão na faixa de até 3 salários mínimos, totalizando 2.250. Além da demanda reprimida, com a vinda da Petrobras para a cidade outros se aventurarão em busca de uma oportunidade de emprego, agravando a questão. “Muitos já procuram nossa cidade com a perspectiva de uma vida melhor. De cinco anos para cá, por exemplo, Caraguá cresceu em quase 30 mil habitantes”, completou o prefeito.

Parcerias são essenciais para resolver o caso

Em convênio firmado com a CDHU, Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano do estado de São Paulo, a prefeitura de Caraguá conquistou 210 unidades. Elas serão construídas na região Sul do município e irão beneficiar moradores em situação irregular às margens do rio Juqueriquerê.
Já no último dia 24, durante a reunião de prefeitos do Codivap, Antonio Carlos assinou com o superintendente da Caixa Econômica outro convênio, desta vez para o programa de financiamento Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. Inicialmente o município irá solicitar 2 mil unidades, mas a quantidade pode ser alterada de acordo com o cadastramento, que começará em 11 de maio.

Dos cruzeiros marítimos ao turismo de negócios, passando pela rota gastronômica. Para 2010, a idéia é diversificar.

Considerada pelo prefeito de extrema importância para o desenvolvimento de toda a região, a rota de cruzeiros marítimos iniciou no litoral norte a integração neste setor, que movimenta a economia dos quatro municípios. “Também com a chegada da base de gás, Caraguá tem potencial para o Turismo de Negócios, principalmente para o setor náutico. Precisamos estar atentos e preparados para quando isso acontecer”, disse Antonio Carlos.

Fora da temporada, há preocupação de evitar a sazonalidade. “Entre várias alternativas, algo que funcionou muito bem na cidade foi a rota gastronômica, que também trabalha com as tradições e raízes caiçaras. São eles os festivais do Camarão, da Tainha e do Mexilhão e o Caraguá A Gosto”, lembrou AC.

O prefeito comenta ainda que Caraguá está preparada para bem recepcionar os turistas. “A cidade possui grande rede hoteleira. Somada às colônias de férias no Porto Novo, são quase 10 mil leitos. Há excelentes restaurantes, bares e quiosques, praias urbanizadas e um comércio completo, além dos supermercados, postos de gasolina, entre outros, que atendem perfeitamente aos visitantes”, enumerou.

Mas apesar das boas perspectivas, capacitar a mão de obra e preservar as belezas naturais estão entre as missões da prefeitura. “Só assim será possível trabalhar o Ecoturismo, o Turismo Rural e o Turismo de Aventura e, assim, cada vez mais atrair novos visitantes”.

Fonte: Revista Ecoturismo