O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Teatro Amazonas de Manaus foram alguns dos pontos turísticos que em 72 cidades do País se somaram à Hora do Planeta e apagaram as luzes como protesto pacífico contra o aquecimento global. O blecaute voluntário em vários pontos do Brasil aconteceu entre as 20h30 e 21h30, em resposta a uma iniciativa promovida em 117 países pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês).
No Rio de Janeiro, as praias de Ipanema e Copacabana foram outros dos lugares onde as luzes foram apagadas, enquanto no Jardim Botânico, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, liderou o principal ato do dia.
Os mercados Ver-o-Peso e de São Brás em Belém; a ponte Água Estaiada, o estádio do Pacaembu e o Parque do Ibirapuera em São Paulo; e o Congresso Nacional em Brasília também participaram da jornada que incluiu 19 das 27 capitais brasileiras. Os principais pontos turísticos do Brasil se uniram a outros de referência mundial.
“É uma hora por ano em que se sugere que os cidadãos manifestem sua preocupação em relação às mudanças climáticas. É um momento para dizer em alto e bom tom às autoridades, às empresas e à vizinhança que estamos atentos”, disse o superintendente de Conservação para Programas Regionais do WWF Brasil, Claudio Maretti.
No Brasil, participaram da iniciativa, entre outras empresas: Carrefour, Vivo, Unilever, Banco Santander, Mac Donnald”s, Banco do Brasil, Telefônica e Grupo Pão de Açúcar.
A Hora do Planeta, que está esperando este ano a adesão de um bilhão de pessoas no mundo todo, surgiu na Austrália em 2007, e o Brasil participa desde a edição anterior. Em outros lugares do mundo o evento também teve certa repercussão. As pirâmides, entre outros lugares famosos do Egito, foram o destaque da Hora do Planeta no país.
Na hora indicada, as luzes que iluminam as pirâmides e a esfinge, ao sudoeste do Cairo, se apagaram, da mesma forma que outros lugares como a Cidade de Saladino, segundo as imagens divulgadas pela televisão egípcia.
Os monumentos mais famosos de Lisboa e Porto, as principais cidades de Portugal, e outros 20 municípios do país também se somaram ao blecaute mundial. O Mosteiro dos Jerônimos, a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, em Lisboa; o Mercado do Bolhão, Clérigos e Sé e as pontes Dom Luís e Dona Maria, no Porto; e o Convento de Cristo de Tomar (centro do país) ficaram uma hora às escuras.
Na Alemanha, alguns dos monumentos mais emblemáticos de Berlim, como o Portão de Brandeburgo e a Prefeitura Vermelha, se somaram ao evento mundial. Várias centenas de pessoas assistiram ao blecaute da Porta da Pariser Platz.
Na Espanha, prédios emblemáticos da geografia local apagaram suas luzes. O palácio da Alhambra de Granada, a Mesquita de Córdoba e a Giralda de Sevilha foram alguns dos exemplos de arte muçulmana do sul da Espanha que ficaram no escuro, na iniciativa também seguida pela fonte de Cibeles e a Porta de Alcalá, em Madri, e a torre Agbar, de Barcelona.
A Torre Eiffel, em Paris, junto com 240 monumentos e edifícios emblemáticos da capital francesa, também participou do evento. O principal ponto turístico francês permaneceu apagado por apenas cinco minutos, conforme comunicado da Prefeitura de Paris, embora na sua base tenham sido acesas 1,6 mil velas colocadas em forma de “60”, em referência aos minutos que durou a iniciativa.
Na Itália, o ator e diretor de cinema italiano Ricky Tognazzi acionou o botão para deixar no escuro a Fonte di Trevi de Roma, perante a surpresa de turistas que receberam uma lição improvisada de astronomia por especialistas do planetário da cidade. A iniciativa também deixou o Coliseu romano e a cúpula da Basílica de São Pedro no Vaticano apagados.
EFE