Muita gente principalmente do chamado grande publico não tem idéia de quão velha é a luta brasileira para implantar o conceito de ecoturismo, de turismo sustentável, de sustentabilidade, desenvolvimento sustentável e implantação para ficar na pauta brasileira e mundial.
Nos anos 80 e 90, um grupo de brasileiros ilustres liderados por Silvio Barros II, Rogerio Raupp Ruschell, Doris Ruschmann, Israel Waligora, Edgar Werbloski, Hércules Góes entre outros começaram as primeiras ações na Amazônia, implantando com garra o conceito destes temas sustentáveis na esteira da Eco 72 e Eco 92 e em l993 iniciaram um movimento em Manaus e criaram o Instituto de Ecoturismo no Brasil.
Naquele mesmo hotel Tropical que hoje é palco de nomes da envergadura de Clinton, Cameron, Scharzenneger, aqueles pioneiros iniciaram um movimento que finalmente alcançou a pauta das grandes redações no Brasil e no exterior e agora parece que a mídia e grande mídia encaram com realidade aqueles conceitos tão difíceis dos anos 80 e 90.
Bastou um grupo de publicitários paulistas liderados por gente da grande área financeira, reunirem em Manaus desde 20l0 nomes constelados de Holywood ao lado de alguns ambientalistas para finalmente o temário sustentável virar pauta cheia dos sites, Facebook, revistas, jornais e televisões.
Rogério Ruschell, um velho tiranossauro da sustentabilidade, Werbloski e Doris Ruschann devem estar rindo as escancaras e não acreditam que finalmente a luta que eles tanto empreenderam finalmente ganhou conceito e respeitabilidade merecendo tantos elogios.
Ate atores engajados da mídia brasileira e holywoodiana perceberam que o discurso e a luta pela bandeira sustentável é inexorável e ai se juntaram Victor Fazano, Juca de Oliveira, Bruna Lombardi, Cristiana de Oliveira, Carlos Alberto Riccelli e agora alçam a bandeira da sustentabilidade sob o coro da batuta de Doria, um publicitário com visão de ambientalista e homem de negócios.
Jacques Marcovitch da Academia Uspiana está engajadíssimo e lançou um memorável livro A Gestão da Amazônia, com ações empresariais, políticas publicas e estudos e propõe um novo olhar sob a sustentável Amazônia.
A Eubra, entidade nacional e internacional dirigida pelo sociólogo e fotografo Robson Oliveira promete levar para o Rio de Janeiro com aval da Onu, governo do Rio de grandes entidades nacionais e estrangeiras o Bright Green Cities e lançar o livro “Um Brasil chamado Amazônia” com aval de parlamentares, governadores amazônicos e empreendedores bem sucedidos em cases amazônicos.
O ambientalista Góes, com seus livros Perspectivas Econômicas da Amazônia, Odisséia da Ocupação Amazônica e Arqueologia da Amazônia Tridimensional contribui com a causa ambiental liderando também seminários internacionais desde l982 em Manaus, Rondônia, Brasília e nos últimos anos em função das hidrelétricas e suas repercussões ambientais na capital do estado rondoniense.
Não importam quais os interesses que estejam por trás dos discursos e ações, mas, o fato é que depois dos tsunamis japoneses e de tantos desastres ambientais, finalmente a causa amazônica e de todos os biomas brasileiros está na pauta midiática mundial e parece que até o Dalai Lama já engrossa o coro sustentável.
Riam Ruschell, Silvio Barros, Werbloski, Israel, Doris Ruschmann e todos os anônimos ambientalistas deste pais, a sustentabilidade, agora é mídia e griffe nacional e internacional e a publicidade já comprou o tema e a bandeira e até as grandes empresas prometem investir generosas quantias para defender o planeta e abril chega e é o mês dos Índios e da Terra, que está abaladíssima com tantos desastres naturais.
Ana Joppert é assessora de imprensa do Jornal, Revista e TV Ecoturismo no mês da celebração dos 20 anos de fundação.