A próxima temporada de furacões na bacia Atlântica, de junho a novembro, pode superar recordes históricos, segundo os Estados Unidos, que acreditam que o impacto sobre o vazamento do Golfo do México seria “secundário”.

A secretária de comércio da Administração Nacional da Atmosfera e Oceanos (NOAA, na sigla em inglês), Jane Lubchenco, disse que a temporada será entre “ativa” e “extremamente ativa”, em função de três fatores climáticos chave.

Essas três condições são um fenômeno “El Niño” mais fraco que nos outros anos e, portanto, menos capaz de frear as tempestades; temperaturas das águas do oceano Atlântico mais altas e a aceleração do ciclo tropical iniciado em 1995.

A temporada, que vai de 1º de junho a 30 de novembro, pode ter de 14 a 23 tempestades de 120 km/h ou mais, das quais entre oito e 14 poderiam se transformar em furacões.

Os especialistas também examinaram como esta temporada de furacões poderia afetar o vazamento do Golfo do México, imerso em um desastre ecológico depois que uma plataforma petrolífera da British Petroleum (BP) explodiu no dia 20 de abril.

Segundo Lubchenco, o petróleo que permanece na água poderia chegar a costa levado pelos fortes ventos e pelas tempestades ou se dispersar e se misturar nas águas no interior do oceano, acelerando o processo natural de degradação natural.

Mas esta seria uma ameaça “secundária”, já que os furacões e tempestades provocam mais contaminação e maiores perigos e danos, assegurou o dirigente.

EFE