Empresa de Brusque trata água utilizada em processo industrial antes de devolver aos rios.

 

Em 1992, a ONU realizou, no Rio de Janeiro, uma conferência para discutir o meio ambiente e seu desenvolvimento – Eco 92 – que entraria para história como uma das mais importantes cúpulas para definição de práticas sustentáveis. Durante essa conferência, para chamar a atenção para a escassez de água doce e potável no mundo, a ONU instituiu o 22 de março como Dia Mundial da Água.

 

Junto com a data, foi criada, também, a Declaração Universal dos Direitos da Água, que estabelece uma série de condutas que passaram a ser tomadas para preservação desse recurso natural imprescindível para a vida. Embora exista em grande quantidade na Terra, cerca de 97% dela encontra-se nos oceanos e 2,4% está em geleiras e calotas glaciais.

 

A pouca água doce à disposição para consumo – 0,6% – ainda está, frequentemente, sujeita à contaminação da ação humana. Esgotos sanitários, resíduos industriais e agrotóxicos são despejados nos rios, lagos e lençóis freáticos. No Brasil, país que lidera o ranking mundial dos países com maior volume de água doce – com 12% de toda água consumível do mundo -, apenas 40% dos esgotos gerados nas cidades recebem tratamento.

 

Em relação aos resíduos industriais, o caso pode ser ainda pior: muitas fábricas liberam efluentes tóxicos, prejudicando o ciclo da água. Para que não haja riscos à natureza, é preciso que, antes de serem despejados nos rios, esses resíduos recebam tratamento adequado, que é feito por empresas especializadas – com certificação -, como a Riovivo Engenharia Ambiental, por exemplo, principal central de tratamento de Brusque, que atende, diretamente, 40 empresas do município, sendo que 90% deles da indústria têxtil.

 

Na Riovivo são tratados cerca de 600m³ de efluentes por hora, sendo que, para que sejam completamente despoluído, eles ficam durante um dia inteiro na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). O processo começa no recolhimento dos resíduos industriais, despejados nos 34km de dutos espalhados por Brusque, ou carregados por caminhão tanque.

 

O tratamento 

 

A primeira etapa do tratamento é a correção do PH. Depois, com a tecnologia de poço profundo (deep shaft) – que se trata de um reator anaeróbico de 4 metros de diâmetro por 60 m de profundidade, alimentado por ar comprimido – é feita uma aplicação de oxigênio, para que, quando no rio, o resíduo não tenha uma demanda do elemento superior a 80%. Em seguida é realizada uma clarificação, com a separação da água do lodo colorido, que é secado, para que fique apenas a parte sólida do resíduo. Os restos sólidos são armazenados em valas de aterro sanitário e a água devolvida ao rio. A Riovivo possui seu próprio aterro. Desde maio de 2009, a Riovivo Engenharia Ambiental está aceitando os resíduos sólidos de outras empresas que possuem suas próprias ETEs.

 

Assessoria Fabricacom