A Comissão Europeia, órgão executivo da UE (União Europeia), desistiu temporariamente da ideia de elevar de 20% a 30% a meta de redução das emissões de dióxido de carbono na região.

O motivo foi a constatação de que, no momento, os países-membros estão mais preocupados com a crise econômica que se espalha pela União Europeia.

“Elevar ou não” o objetivo europeu a 30% em 2020 com relação a 1990 é uma “decisão política que os dirigentes da UE deverão tomar quando o calendário e as condições forem propícios”, declarou a comissária europeia encarregada da mudança climática, Connie Hedegaard.

“É evidente que a prioridade imediata dos países europeus é gestionar a crise na Eurozona”, admitiu a comissária.

A UE se comprometeu a reduzir, até 2020, 20% de suas emissões de gases-estufa e, no ano passado, prometeu elevar esse média a 30% se o resto das potências industrializadas apoiassem a iniciativa visando à conferência internacional sobre mudança climática que foi realizada em dezembro, em Copenhague.

No entanto, a Europa, que reivindica um papel líder na luta contra o aquecimento planetário, não conseguiu convencer seus sócios.

A Comissão Europeia propôs então aos países-membros que adotassem a meta de 30% de forma unilateral. Mas França e Alemanha afirmaram ontem, véspera do anúncio de Hedegaard, que o continente só dará esse passo se for acompanhado por outras grandes potências poluidoras, como os Estados Unidos.

FSP