Foram registradas 208 operações de fusões e aquisições no Brasil nos primeiros quatro meses de 2010, segundo levantamento da KPMG.

O número de transações realizadas cresceu muito em relação às 135 do mesmo período de 2009, ano marcado pela crise econômica.

O volume, porém, é menor que os 225 registrados no primeiro quadrimestre de 2008, quando o mercado vinha extremamente aquecido e estimulado pela onda de IPOs (ofertas iniciais de ações) do ano anterior, que deu fôlego às compras e vendas de empresas ocorridas naquela época.

A quantidade de operações fechadas em abril (48) caiu em relação a março (59), sinal de que os próximos meses devem ser menos aquecidos. O primeiro trimestre, que havia registrado recorde histórico de fusões e aquisições desde a década de 1990, foi marcado por negociações que tinham sido represadas em 2009 pela crise.

“O ano de 2010 será bom, mas não se pode esperar que supere 2007, época em que muitas empresas abriram capital e saíram se consolidado no mercado, até porque os IPOs estavam sendo feitos justamente para isso”, afirma Luís Motta, sócio da KPMG.

O Brasil também não conta mais com a maciça presença de estrangeiros na liderança das transações. “Grande parte dos negócios são domésticos, de empresas brasileiras comprando estrangeiras ou brasileiras.”

O cenário deve voltar a se aquecer a partir do segundo semestre. “As operações represadas aconteceram, agora devem dar uma baixada. Os negócios, que levam cerca de seis meses para serem fechados, devem voltar a aparecer com muita força a partir de julho”, diz.

FSP