Richard Dawkins e Gay Talese nem chegaram perto. O maior fenômeno de venda de ingressos desta Flip –e de todas as edições desde, pelo menos, 2005– foi Chico Buarque.

“Nunca vi nada parecido”, diz Wellington Leal, coordenador financeiro do evento há cinco edições, tempo em que viu passarem por Paraty nomes como Salman Rushdie, Will Self e Neil Gaiman. “Ele foi disparadamente o mais concorrido.”
Mesmo com a lentidão na venda pelo site e pelo telefone, os 850 ingressos para ver o autor de “Leite Derramado” na Tenda dos Autores esgotaram-se em uma hora –as outras mesas da tenda principal tiveram ingressos por até quatro horas.

Chico também foi o primeiro autor cujos ingressos para a Tenda do Telão acabaram em menos de 24 horas, diz Leal. Devido à procura, a tenda passou de 1.200 para 1.400 lugares depois do início das vendas.

Ainda é possível comprar entradas para ver, no telão, outros grandes nomes desta edição, como Alex Ross, Simon Schama, Catherine Millet e Anne Enright. Estão lotadas as duas tendas de Dawkins, Talese, António Lobo Antunes e Sophie Calle. Como nos anos anteriores, pode ser possível conseguir ingressos em Paraty se houver desistências. “Só não recomendo expectativa para ver o Chico ou o Dawkins”, ressalva Leal.

As vendas continuam, enquanto houver ingressos, até a meia-noite de terça, pelo site www.ingressorapido.com.br, nos pontos de venda e pelo tel. 4003-1212 (sem DDD).

A partir do dia 1º de julho, os ingressos que restarem serão vendidos só em Paraty, a R$ 10 (Tenda do Telão) e R$ 30 (Tenda dos Autores, no caso de desistências).

Até dia 5, quanto termina o evento, será possível ainda ver na Casa da Cultura autores como o afegão Atiq Rahimi (atração também da Tenda dos Autores) e o norte-americano Jon Lee Anderson (que esteve na Flip de 2005), com ingressos a R$ 10, vendidos também a partir do dia 1º em Paraty.

Raquel Cozer
da Folha de S.Paulo