O projeto de ampliar a visibilidade do design brasileiro a partir do Festival de Publicidade de Cannes nasceu no ano passado, quando Luciano Deos, hoje presidente da Associação Brasileira das Empresas de Design (ABEDesign), participou pela primeira vez do evento. “Cannes é uma janela ensolarada para o mundo, um lugar para fazer network, é um ponto de encontro”, diz Deos, que foi o representante brasileiro no júri da categoria em Cannes este ano.
De olho nessas possibilidades, a entidade fechou novo convênio com a Agência Brasileira de Exportação e Investimentos (APEX), com que já trabalha há três anos, e garantiu uma presença de peso do design brasileiro no Palais des Festivals. Além de cobrir os custos do estande, a parceria garante também a inscrição dos trabalhos e dos delegados do Brasil. O investimento nessa ação em Cannes soma R$ 2 milhões, com 50% oriundos da APEX e a outra parte como contrapartida dos associados da ABEdesign.
Essa estratégia com vistas a dar visibilidade internacional ao design brasileiro faz parte de uma ideia que está amadurecendo dentro da entidade e que deverá definir metas de longo prazo para o setor. “Temos qualidade e custo competitivo para prestar serviço no exterior”, afirma Luciano Deos, destacando que “a intenção é voltar de Cannes e definir qual será o nosso projeto para os próximos cinco anos”. Deos já antecipa que o Brasil quer ocupar a liderança no design, ao lado de países como os Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, em 2015.
A ABEdesign realizará no segundo semestre deste ano, dentro de um outro convênio com a APEX, um estudo sobre o design brasileiro. O mapeamento deverá servir de subsídio para as futuras estratégias a serem adotadas pelo segmento.
Na última quarta-feira, o Brasil conquistou sete Leões na categoria Design. O País inscreveu 174 trabalhos, contra 48 em 2008.
Inês Figueiró, especial para o Terra
Direto de Cannes
