por mariana Montenegro

A Rio+20 pode ser responsável por um marco histórico, mas que não tem a ver com acordos globais vinculantes de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE).  Trata-se do maior encontro indígena internacional da história, pois pode contar com 800 índios de diversas partes do Brasil e mais 1.200 de outros países latino americanos, segundo a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.

Para que os índios participantes da Conferência da ONU fiquem bem acomodados durante o evento, um acampamento será erguido no aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio. Serão cerca de 32 tendas com estruturas para refeições, redes de descanso e banheiros. Além disso, haverá transporte gratuito entre o acampamento e a conferência, que será na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade.

De acordo com matéria publicada no portal Terra, o encontro indígena pretende discutir três temas entre os dias 17 e 22 de junho. Entre eles estão estratégias para a demarcação de terras, formas de pressionar os governos nacionais a aplicar a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que determina que os indígenas sejam consultados quanto a obras ou políticas que possam afetá-los, e o modelo de desenvolvimento nos países da região, que inclui grandes obras.