O Pentágono disse hoje que avalia “seriamente” o envio de tropas americanas ao Haiti para garantir a segurança no país após o forte terremoto desta terça-feira.

O general Douglas Fraser, comandante do Comando Sul do Pentágono, responsável pelas atividades militares na América Latina, disse que seu país avalia com a ONU a necessidade de reforços americanos à Minustah, força internacional que está no Haiti, comandada pelo Brasil.

“Estudamos o tema seriamente”, disse o general, o qual enfatizou que manter a segurança é uma preocupação “significativa”.

Fraser disse que os Estados Unidos enviariam um navio anfíbio com 2 mil marines. Também pôs em alerta uma brigada do Exército, composta geralmente por 3,5 mil soldados.

Além disso, os Estados Unidos já enviaram ao Haiti diversos navios guarda-costeira, assim como o porta-aviões USS Carl Vincent, com base em Norfolk (Virgínia), que chegará às proximidades do país amanhã pela tarde, disse o general.

Aeronaves militares realizaram já uma avaliação preliminar dos danos em voos sobre o país caribenho e concluíram que a maioria deles situa-se na capital, Porto Príncipe, enquanto as outras áreas do território sofreram destruições menores, segundo Cheryl Mills, advogada do departamento de Estado americano e especialista no Haiti.

Rajiv Shah, diretor da Agência Americana de Ajuda Internacional (USAID, na sigla em inglês), que coordena a resposta de seu país ao desastre, disse que hoje uma equipe de 15 pessoas fará uma avaliação sobre as prioridades para o resgate, em preparação para a chegada de equipes de socorro.

Duas equipes de ajuda, com um pessoal total de 144 profissionais, já está “a caminho”, informou Shah.

“Nosso objetivo é salvar o máximo de vidas possível nas primeiras 72 horas, pois esse é o tempo que temos”, disse Shah.

O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 11 militares do país, que participam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), morreram em consequência do terremoto, enquanto pelo menos cinco militares ficaram feridos.

A brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no terremoto.

Agência EFE