A tempestade tropical Alex se afasta lentamente da península do Yucatán, no México, e meteorologistas preveem que pode se tornar um furacão entre hoje e amanhã.

Autoridades da Guarda Costeira descartam uma ameaça para os esforços de contenção do vazamento de petróleo em um poço da British Petroleum no golfo do México. Contudo, a Shell suspendeu a produção submarina em duas plataformas da região e retirou funcionários não essenciais de plataformas de produção e envolvidos em perfuração.

“Um ganho de força adicional é previsto para as próximas 48 horas, e o Alex pode tornar-se um furacão na segunda ou na terça-feira”, disseram Meteorologistas do Centro Nacional de Furacões dos EUA.

A tempestade deve atingir o continente novamente entre Brownsville, no Texas, e Tuxpan de Rodríguez, no México, o que pouparia os esforços de contenção realizados pela BP.

O Alex, primeira tempestade receber um nome na temporada 2010 de furacões do Atlântico, tinha ventos sustentados de 85 km/h e estava localizado a 115 quilômetros a oeste de Campeche, no México.

O governo mexicano manteve fechados na tarde deste domingo os portos de Dos Bocas e Cayo Arcas, que respondem por 80% de todas as exportações no golfo do México.

A gigante estatal de petróleo Pemex afirmou que suas plataformas na área de Campeche funcionavam normalmente e acrescentou não haver planos de retirada de pessoal por conta do Alex.

“Estamos sob alerta, mas a plataforma continua funcionando”, disse um porta-voz da Pemex à Reuters.

Dois homens morreram afogados em El Salvador após serem levados por um rio que estava cheio por conta das chuvas provocadas pelo Alex, disse o chefe da defesa civil Jorge Meléndez no domingo.

O Alex deve levar entre dez e vinte centímetros de chuva para a Península do Yucatán, no sul do México, e em partes da Guatemala até terça-feira. Quantidades isoladas de até 38 centímetros de chuvas podiam cair sobre áreas montanhosas. Meteorologistas disseram que as chuvas podem provocar enchentes e deslizamentos de terra.

FSP